Os vieses macroeconômicos, com destaque para o conflito na Ucrânia, estão afetando o comércio eletrônico mundialmente, segundo um relatório recente da eMarketer. Por isso, 2022 deve marcar o menor índice de crescimento do e-commerce no mundo (estimativa de 9,7% de avanço) desde 2011, contrariando previsões anteriores mais otimistas. Os mercados emergentes, como a América Latina e o Sudeste Asiático, contudo, devem destoar, apresentando avanço acima da média mundial.
“Os gastos com comércio eletrônico de varejo crescerão mais lentamente do que nunca em 2022, já que a maioria dos maiores mercados do mundo enfrenta desafios econômicos. As taxas de crescimento não serão negativas e algumas partes do mundo se sairão bem”, confirma trecho do relatório.
De modo geral, as vendas pela internet devem representar 19,7% do comércio mundial neste ano. O índice é superior aos 18,8% registrados no ano passado e a previsão é que ele continue aumentando, até chegar em 24% de representatividade em 2026.
E-commerce no Brasil e no mundo
O Brasil é um dos mercados emergentes que deve apresentar crescimento do e-commerce acima da média mundial. Segundo a pesquisa da eMarketer, esses negócios devem avançar 17,2% neste ano, o que coloca o país no top 10 dos que mais crescerão no comércio eletrônico em 2022. A líder do ranking é Singapura, com 36% de crescimento previsto, representando a liderança do Sudeste Asiático no tema.
“Neste ano, a América Latina será a segunda região de crescimento mais rápido do mundo nas vendas via comércio eletrônico no varejo, ficando atrás do Sudeste Asiático. As vendas aumentarão 18,8% na região e chegarão a US$ 167,01 bilhões, à medida que o celular impulsiona o mercado de comércio eletrônico a novos patamares ao longo do período de previsão”, detalha o relatório.