Segundo uma pesquisa da Kaspersky, quase um terço das pequenas e médias empresas do Brasil (27,5%) não colocam a cibersegurança como uma prioridade em seus orçamentos. E mais do que a cibersegurança, a tecnologia da informação (TI) é deficitária em 15% das PMEs brasileiras, onde não há uma pessoa sequer responsável pela área.
Para os pesquisadores, o índice é preocupante porque essas empresas, em conjunto, têm representatividade importante na economia do país e por isso já se tornaram alvos frequentes do cibercrime.
De acordo com o Sebrae, 29,5% do Produto Interno brasileiro foi proveniente dos pequenos negócios no ano passado. Isso corresponde à cifra de R$ 1,1 trilhão.
Softwares piratas e cibersegurança nas PMEs
A pesquisa da Kasperky mostra também que falta consciência aos proprietários de PMEs sobre políticas de segurança cibernética. No geral, ela pontua que as pequenas e médias empresas não têm uma estratégia para o uso de dispositivos ou acesso à rede corporativa, assim como não treinam seus funcionários para que possam identificar e evitar serem vítimas de ataques.
O site Convergência Digital relacionou que outro problema é o uso de software pirata, que é prática em mais de 50% das empresas locais, segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes). A matéria cita que pesquisas internacionais demonstram que a taxa média global de uso de software pirata em empresas é de 35% e, portanto, menos pior que a do Brasil. “Esse último atalho quase sempre acaba sendo pior, visto que esses programas ou aplicativos não recebem atualizações ou patches e acabam expondo os sistemas de computador das empresas a inúmeros ataques”, pontua a reportagem.
Os efeitos disso já são contabilizados: em 2021, a média global de ataques cibernéticos aumentou 50% no mundo em comparação a 2020. Já no Brasil, o aumento foi de 77%, chegando a 1.046 ataques semanais no ano passado, segundo o relatório anual conduzido pela Check Point Software