A digitalização da indústria tem ganhos, incluindo o aumento da produtividade, mas também mostra vulnerabilidades que precisam ser endereçadas. É o caso da segurança cibernética, pois a Industria 4.0 é praticamente sinônimo de hiperconectividade. Na avaliação de Vitor Sena, CISO Global e DPO na Gerdau, os principais gaps de segurança cibernética nesse cenário são o perímetro fraco, falta de um inventário e a baixa visibilidade. O executivo resumiu esse ponto de vista em palestra sobre o tema durante o Security Leaders Nacional 2022.
De acordo com ele, os dados coletados, distribuídos e analisados diariamente estão na mira do cibercrime, o que exigiria investimento em cibersegurança e processos mais robustos em Segurança da Informação e Resiliência Cibernética.
“A ideia de interligar todos esses sistemas de plantas industriais e tecnologias gerenciais tem como objetivo a troca de informações nesse ecossistema”, explica em reportagem do site Security Report. “Como estamos falando de um segmento com uma característica muito comum de ser um ambiente com equipamentos defasados, precisamos abordar a segurança nos desprendendo de velhos conceitos”, completou.
Ele também chamou a atenção para a vulnerabilidade das infraestruturas críticas, um dos focos de ataques recentes. Outro ponto de atenção, na avaliação de Sena, é a presença de empresas sem maturidade em segurança industrial em ambientes de atuação híbrida com TI, trazendo riscos para as duas áreas.