Veja como a tecnologia é a principal aliada do home office e oferece cada vez mais possibilidades
Imagine morar em uma cidade do litoral e poder alternar o seu horário de trabalho com banhos de mar. Ou mesmo morando em São Paulo, por exemplo, fazer as suas refeições em casa, algum minicurso no seu bairro e passear com o cachorro no meio da tarde entre uma reunião e outra. No último ano, antes de vir para o Brasil, a empresa de coworking Spaces realizou uma pesquisa nas áreas corporativas e 55% dos entrevistados afirmou já utilizar o modelo de trabalho remoto pelo menos uma vez por semana.
Em 2011, a International Data Corporation (IDC) indicou que 58 milhões de pessoas no mundo praticavam o home office. Quatro anos mais tarde, em 2015, esse número já havia chegado a cerca de 1 bilhão de pessoas, conforme a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades. À época, a estimativa da instituição era de que 12 milhões de brasileiros trabalhassem de casa. E os números só crescem.
Mudar os hábitos de trabalho praticados há séculos é um processo longo e lento, que começa com a alteração da lógica de produção e rotinas, obrigando a participação progressiva de todos os setores de uma empresa. A transformação, no entanto, já não é uma escolha, mas uma necessidade fundamental para garantir a viabilidade e o sucesso a longo prazo.
De acordo com especialistas, um dos primeiros passos para dar a largada está na transferência de serviços para a nuvem. A hospedagem online de soluções de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) permite muitas vantagens competitivas, baseadas em eficiência operacional, entre elas, o home office.
Não é mito
1. Alternativa possível
O conceito de home office surgiu em 1970 como alternativa ao crescimento dos problemas de mobilidade urbana. No entanto, somente nos anos 1990 a prática ganhou força, principalmente nos países desenvolvidos, nos quais as tecnologias de informação e comunicação se desenvolveram mais rápido.
2. Tempo e espaço virtuais
O trabalho deixa de ser um lugar para ir e pode ser realizado de onde se está, no período mais conveniente. A virtualidade vem dessa quebra do espaço físico e da ausência do cartão de ponto. No entanto, não representa a integração 100% profissional-pessoal, que é uma das maiores críticas e preocupações acerca do home office. A possibilidade de trabalhar remotamente – propiciada pela tecnologia – deve aumentar a qualidade de vida das pessoas, e não diminuir.
3. Não é para todos, nem o tempo todo
O home office bem-sucedido exige um perfil de profissionais e funções. Por exemplo, cirurgias ainda precisam ser feitas em hospitais; manutenções e instalações de estruturas e aparelhos exigem a presença física; fotógrafos e cineastas têm os seus trabalhos em locações externas; químicos desenvolvem produtos em laboratórios; advogados defendem causas em tribunais etc. E mesmo nas profissões que permitem o home office, a realização de determinadas etapas acontecerá fora.
4. Integração de soluções
Quanto mais recursos em nuvem, maior é a flexibilidade: PABX e ramais virtuais, com troca de mensagens em áudio, vídeo e texto, telepresença e internet móvel 4G – tudo com segurança e capacidade infinita de armazenamento. “A convergência de todas as formas de comunicação com infraestrutura e rede de dados derruba as barreiras de distância e tempo, garantindo que as pessoas se comuniquem a qualquer momento, em qualquer lugar, independente do dispositivo utilizado”, diz o diretor de Marketing e Negócios da Embratel, Marcello Miguel.
5. Recursos sob medida
O home office é sustentável, porque as empresas podem desenvolver e contratar produtos sob medida para atender às necessidades específicas de cada área e profissional, além de avaliar estratégias. Assim, adequando os recursos aos usos, é possível reduzir desperdícios e custos.