Os casos de uso do 5G e como a tecnologia irá transformar mercados
O 5G terá impacto inicialmente nas indústrias brasileiras e se tornando uma tecnologia de massa apenas em 2026, mas como ela irá transformar essas verticais? Segundo o 5G Americas, associação que reúne os principais provedores de serviços e fabricantes do setor de telecomunicações, o 5G foi desenvolvido para atender diversos casos de uso com modelos de negócios e requerimento díspares. Esses casos de uso são divididos em três grupos: eMBB (Banda Larga Móvel Melhorada), com altas taxas de transferência e cobertura para realidade virtual e aumentada, videochamadas e vídeo em Ultra Alta Definição (UHD); MIoT (Internet das Coisas Massiva), com alta densidade de dispositivos para monitoramento de saúde, cidades inteligentes, casas conectadas e vestíveis; e URLLC (Comunicações Ultra Confiável de Baixa Latência), com requisitos rigorosos de latência e confiabilidade para cirurgias remotas, segurança pública e comunicação de veículos para veículos e de veículos para pedestres.
Empresas que fazem da transformação digital um projeto de TI irão fracassar
Esta é a visão de Mark Ranta, diretor de soluções bancárias digitais da ACI Worldwide. Ao site CIO, ele afirma que “embora a tecnologia seja um facilitador fundamental da transformação, ela é apenas um meio para um fim maior”. Segundo uma pesquisa da consultoria 451 Research, mais da metade das organizações norte-americanas de varejo, serviços financeiros e saúde iniciaram a transformação digital em 2018 e, nos próximos anos, elas irão gastar US$ 1,3 trilhão para inovar mais rápido e operar com maior eficiência. Ranta afirma que mudança de mentalidade corporativa (envolver times de negócio nos projetos, por exemplo) e a mudança de tecnologia podem garantir o sucesso das empresas.
Pão de Açúcar investe em reconhecimento facial e pagamento pelo app
As tecnologias serão utilizadas como laboratório para “testar no mundo real ideias inovadoras”, de acordo com Antonio Salvador, diretor de transformação digital e e-commerce do Grupo Pão de Açúcar para o site Gizmodo. Elas estarão presentes na loja Minuto Pão de Açúcar Beta, que deverá ser inaugurada nos próximos meses em São Paulo e contará com totens de autoatendimento com reconhecimento facial para identificação do consumidor, pagamento pelo aplicativo e self checkout (pagamento sem o auxílio de operadores de caixa). Folhetos digitais, programas de aceleração e de empreendedorismo são alguns investimentos da empresa em inovação.
Falando em reconhecimento facial….
O Metrô de São Paulo também quer adotar reconhecimento facial e outras tecnologias. Um edital de licitação para empresas interessadas foi disponibilizado na semana passada. O sistema de “monitoração eletrônica por imagem”, anunciado no perfil do Metro de São Paulo no Twitter, contará com reconhecimento facial, identificação e rastreamento de objetos e detecção de invasão de áreas. A ideia é que essas tecnologias sejam usadas nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha e nos pátios Jabaquara (Linha 1), Tamanduatéi (Linha 2) e Itaquera e Belém (ambos na Linha 3). O orçamento é de R$ 69,5 milhões, em que R$ 49,3 milhões serão reservados para custos com equipamentos, softwares e materiais de instalação.
Virgínia, nos Estados Unidos, proíbe deepfakes e deepnudes
A decisão chega por meio de uma emenda constitucional que altera a lei criada em 2014 para combater o pornô de vingança. O estado norte-americano é um dos primeiros a proibir o compartilhamento de imagens geradas por redes neurais, Machine Learning e Inteligência Artificial. Ferramentas deepfakes têm sido usadas para diversos conteúdos falsos. Nas últimas semanas, o DeepNude, capaz de criar nudes femininos, foi retirado do ar por conta do mau uso da Inteligência Artificial por parte dos assinantes. Cópias do programa ainda são encontradas on-line, mas plataformas estão atuando para derrubar os canais de distribuição do software.
Download de ransomware leva a demissão de diretor de TI em cidade na Flórida
Segundo o site ZDNet, Lake City, uma cidade do estado da Flórida (Estados Unidos), precisou desembolsar aproximadamente US$ 500 mil (R$ 1,9 milhão) em bitcoins para ter de volta o acesso aos sistemas de computador do município. Em junho, um funcionário abriu um documento recebido via e-mail que infectou toda a rede com o trojan Emolet, que baixou o trojan TrickBot e, em seguida o ransomware Ryuk. Isso desencadeou uma série de eventos, resultando na interrupção dos servidores, linhas telefônicas e serviços de e-mail. Somente os sistemas da polícia e dos bombeiros não foram atingidos porque estão hospedados em um servidor diferente. Após realizar o resgate exigido pelos criminosos, o prefeito de Lake City demitiu o diretor de TI e comentou que vai reformular todo o departamento para evitar novos eventos.