O “Innovation Index”, um estudo realizado pela Dell Technologies, trouxe revelações importantes para o setor. Uma delas é que 71% dos tomadores de decisão em tecnologia da informação (TI) reconhecem que ainda não exploraram ou construíram uma estratégia Zero Trust dentro das suas organizações. Apesar disso, 60% das empresas brasileiras afirmam confiar na incorporação da segurança da informação em suas tecnologias e aplicações.
A pesquisa, que envolveu 6,6 mil executivos de 45 países, levou em consideração a opinião de 300 empresários brasileiros e teve como foco a compreensão das organizações sobre proteção e resiliência cibernética enquanto lidam com a crescente digitalização.
Cerca de 79% das empresas brasileiras dizem estar bem preparadas para a maioria das ameaças cibernéticas. Contudo, apenas 21% dos líderes de TI acreditam que a complexidade geral do ambiente de computação moderno é uma questão importante de segurança.
Estratégias Zero Trust
De acordo com o levantamento da Dell Technologies, 45% dos líderes de TI das empresas brasileiras afirmam saber da necessidade de uma abordagem Zero Trust. Dentre esses, um pouco mais de um terço (37%) declararam entender que o aumento da área de superfície de ataque devido à presença distribuída de tecnologia em vários locais de nuvem (multicloud) e de borda (edge computing) também demanda celeridade na adoção da arquitetura de segurança.
Para Wellington Menegasso, data protection & cyber resiliency sales leader para o Cone Sul da América Latina da Dell Technologies, o Innovation Index aponta dois grandes problemas de segurança. “A pesquisa nos mostrou que os dois principais problemas de segurança que impedem a capacidade das empresas de inovar são, primeiro, a complexidade geral do ambiente de computação atual, cada vez mais moderno, e, segundo, o cenário constante de ameaças cibernéticas em evolução”, explicou. Segundo ele, essas questões reforçam o quão desafiadora é a segurança cibernética. “Implementar uma abordagem Zero Trust é fundamental para garantir a segurança de dentro para fora das organizações”, completou.
Cerca de 42% dos empresários que participaram do estudo compreendem que a necessidade de proteger um volume crescente de endpoints (dispositivos conectados) para uma força de trabalho cada vez mais remota acelera a necessidade de uma arquitetura Zero Trust.
“É evidente que a segurança da informação já é um tema prioritário dentro da alta liderança das companhias. Entretanto, ainda vemos a necessidade de uma mudança de paradigma na abordagem das empresas para proteger sistemas, dispositivos e dados. A arquitetura Zero Trust é essa mudança”, pontuou o especialista.