Pesquisa mostra que inovação já é realidade nas empresas, que buscam fechar parcerias para acelerar a transformação digital.
Principais destaques:
- Empresas brasileiras já entendem a necessidade de inovar seus negócios;
- Pesquisa lista 5 desafios que as companhias enfrentam no processo de inovação;
- Investir em inovação pode gerar novas receitas, melhorar eficiência operacional, estreitar relação com o consumidor, entre outras vantagens.
Embora não seja fácil manter o ritmo de inovação, as empresas já entendem a necessidade de criar projetos inovadores dentro da própria organização. É o que aponta a pesquisa ACE Innovation Survey 2019, da ACE Startups, empresa brasileira de inovação.
O relatório, divulgado no fim de julho, mostra que as empresas “estão começando a trilhar um caminho mais consistente, pautado em estratégia e com uma abordagem de execução proprietária”. Ou seja, buscam a inovação, mas sem deixar de lado a história e o DNA da companhia.
Isso se reflete nos dados sobre a importância da inovação. Para 55,7% das empresas entrevistadas, é “muito importante” investir em inovação, enquanto 11% acreditam que o investimento “não é importante”.
Quais os desafios das empresas para inovar?
A pesquisa da ACE Startups lista 5 fatores que as empresas consideram como desafios na hora de inovar:
- A existência de um líder responsável pela inovação;
- Falta de treinamento: da ideia à execução;
- Definição de KPIs de inovação;
- Falta de um conselho de inovação;
- A capacidade de provar o ROI sobre projetos de inovação.
– A presença do líder: a governança deve organizar as atribuições dos C-Levels e das equipes envolvidas nos projetos de inovação: estratégia, acompanhamento dos processos, projetos e resultados, disseminação da cultura de inovação, políticas de incentivos, avaliações de desempenho em métricas de inovação e implementação.
Isso pode reduzir a falha de comunicação que existe nas empresas. Se 42% dos entrevistados C-Levels se dizem satisfeitos com o envolvimento da alta gerência em iniciativas de inovação, apenas 26% de gerentes e diretores concordam com esta afirmação.
– Treinamentos e pessoas: as empresas encontram dificuldades em aplicar metodologias ágeis no processo de inovação, assim como replicá-las em todas as áreas das companhias. Segundo a pesquisa, colaboradores que recebem treinamentos adequados podem resolver esses desafios internos.
– KPI e ROI: a maioria dos entrevistados não sabe quais medidas e métricas usar para calcular o ROI da inovação. Para eles, há uma complexidade que faz a empresa não ter segurança em como realizar este processo. Apenas 25% das empresas conseguem, de acordo com o relatório.
Por que as empresas investem em inovação?
Os principais objetivos das empresas em separar parte do orçamento para investir em inovação são:
- Inovação radical: 25% das empresas esperam gerar receita ao lançar novos produtos e serviços;
- Indústria 4.0 e Cultura de Inovação: 23% acham que inovar vai melhorar a eficiência operacional e a produtividade;
- Inovação incremental: 20% acreditam que melhorar produtos e serviços vai gerar mais receita;
- Customer Centricity (Foco no consumidor): 20% pensam que inovar vai melhorar a satisfação do cliente;
- Economia e eficiência: 12% inovam para reduzir os custos de produção e de serviços existentes.
Assumindo a cultura do erro
Como afirma a pesquisa da ACE Startups, por mais que as empresas invistam em inovação, erros podem acontecer. Mas empresas de pequeno e médio porte (50%) estão mais dispostas em transformar os fracassos em aprendizados que grandes companhias (26%).
“A cultura do erro encontra mais espaço para melhorias nas empresas de grande porte. […] Quanto maior a empresa, maior a oportunidade de melhorar o progresso e a validação de projetos de inovação”, cita o relatório como aprendizados.
Como acelerar a inovação na sua empresa?
As empresas precisam ter um mindset de investidor para apostar em “projetos mais enxutos e pulverizar o investimento entre múltiplas iniciativas”, aponta a pesquisa da ACE. O relatório aponta um movimento entre os entrevistados de realizar mais benchmarking da concorrência.
Conhecido como Fear of Missing Out (Medo de Ficar de Fora ou Fomo, em inglês), esse movimento mostra empresas monitorando o mercado com receio de perder o timing de inovação, quando elas deveriam focar os investimentos nas necessidades dos clientes.
Para contornar esse cenário, as empresas podem buscar parcerias: 47% dos entrevistados se aproximaram de startups e de outras companhias para acelerar a inovação com lançamento de novos produtos ou serviços.
A Embratel é um exemplo nessa jornada de inovação. Presente em 96% das grandes corporações, a companhia montou uma base no inovabra Habitat, espaço de inovação do Bradesco em São Paulo, para se aproximar de startups e, assim, oferecer novas soluções aos clientes com maior agilidade e escalabilidade.