Principais destaques:
– Rio Open apresentado pela Claro adota o shot clock, tecnologia que marca tempo de saque dos tenistas;
– Tênis tem parceria histórica com inovações tecnológicas;
– Sensores, radar e outras inovações são usadas por tenistas amadores e
profissionais;
– Inovações podem ajudar na tomada de decisão dos árbitros e no desempenho dos jogadores;
– Final da chave de simples do torneio acontece no dia 24 de fevereiro.
O Rio Open apresentado pela Claro, o maior torneio de tênis da América do Sul, conta com uma inovação tecnológica que foi sensação do circuito profissional em 2018: o shot clock. A tecnologia é “simples”, mas garante agilidade ao jogo, respeito às regras da modalidade e uma maior interação com o público.
O shot clock é um cronômetro que marca o tempo de saque dos tenistas. A ideia é que eles não demorem mais do que 25 segundos para botar a bola em jogo assim que receberem a autorização do árbitro de cadeira. O diferencial é que a contagem regressiva fica visível para todos que estão acompanhando a partida — o público inclusive. “É um fator de entretenimento para o público porque fica aquela expectativa se o tenista vai ultrapassar ou não o tempo”, comentou Luiz Carvalho, diretor da competição, ao site oficial do Rio Open.
Mas a realidade é que o tênis é uma modalidade que tem uma parceria histórica com a tecnologia. O Mundo + Tech reuniu alguns exemplos de inovações que ajudaram a deixar o esporte mais justo e atraente para o público que acompanha e pratica. Veja só.
1. Hawk-Eye
É a inovação mais lembrada e que virou referência de utilização para outras modalidades. A tecnologia funciona como um verdadeiro “olho de falcão” e ajuda a evitar erros de arbitragem durante as partidas.
Até 2004, quando o Hawk-Eye passou a ser testado, os árbitros tinham apenas os seus olhos humanos para determinar se uma bola (de pouco mais de 6 cm de diâmetro e que pode ultrapassar a velocidade de 200 km/h) havia caído dentro ou fora dos limites da quadra. Desde então, eles passaram a ter o auxílio de um sistema de câmeras e sensores capaz de prever o movimento da bola e montar uma imagem digital da jogada.
Com o Hawk-Eye, o árbitro pode rever — quando solicitado pelos jogadores — uma jogada duvidosa em um intervalo de 5 segundos após ela ter sido concluída. E com uma precisão quase perfeita, já que a margem de erro é de 3,6 milímetros.
A ferramenta deu tão certo que passou a ser utilizada em outras modalidades, como vôlei, futebol, baseball, críquete e rugby.
Além do uso durante as partidas, o Hawk-Eye também pode ser utilizado por um tenista para aperfeiçoar o seu jogo. A empresa que desenvolveu a inovação criou um sistema de treinamento que combina a tecnologia de prever a trajetória da bola com um arsenal de vídeos das jogadas de um jogador para entregar uma quantidade de dados que sejam úteis para a sua evolução.
2. Serviços cognitivos
O uso de Inteligência Artificial é relevante nas partidas de tênis para analisar o movimento do jogador, da bola, e gerar as estatísticas de uma partida. Em 2016, durante o US Open (um dos quatro principais torneios de tênis do mundo), o Hawk-Eye foi usado em parceria com o Watson, da IBM, para monitorar os jogos por meio de imagens e coleta e análise de dados.
A combinação dessas tecnologias permitiu analisar as estatísticas da partida, saber a localização da bola na quadra, quando ela tocou no chão e, também, o movimento dos jogadores em direção a ela para rebatê-la.
3. Radar
O tenista australiano Sam Groth é o recordista do saque mais veloz no tênis. Em 2012, seu serviço atingiu uma velocidade de 263 km/h. Como isso foi medido? Do mesmo jeito que a polícia flagra motoristas apressadinhos, explica a Superinteressante.
As partidas de tênis contam com um radar que emite frequências de rádio entre 10 GHz a 35 GHz. Quando essas ondas batem na bolinha, elas são alteradas e voltam com um valor bem maior. Um minicomputador instalado dentro do radar converte os dados dessas trocas de frequência em velocidade, trazendo o resultado para o placar da quadra.
4. Raquetes inteligentes
A inovação nas raquetes atingiu o ápice em 2013, quando o grafeno passou a ser utilizado como material nesses equipamentos, deixando-os mais leves e resistentes. E nos últimos anos, foi a vez da tecnologia ganhar espaço para ajudar os jogadores a melhorarem o desempenho.
Diferentes marcas têm desenvolvido raquetes que permitem a integração com sensores, como o Sony Smart Tennis Sensor. Essa tecnologia reconhece todos os golpes dados durante um treino ou uma partida, a velocidade da batida e, também, o efeito e a velocidade que a bola pegou.
Todos esses dados podem ser sincronizados com um smartphone e o jogador poderá, ao analisá-los, entender e definir um plano de treino para melhorar o seu jogo.
5. Vestíveis
Os wearables também têm seu lugar ao sol no tênis e servem como uma opção para quem não quer acoplar sensores na raquete. A Babolat Pop, por exemplo, é um vestível por meio do qual o jogador tem acesso a dados como velocidade da batida na bola e o estilo de jogo para poder adaptar suas jogadas.
Já o Pulse Play é um relógio inteligente que mistura um pouco de rede social (ele permite encontrar outros jogadores para marcar um jogo e comparar resultados) com um assistente de partida (é possível registrar no gadget os pontos de cada game e até ouvir o resultado do jogo como
se estivesse em um campeonato).
Rio Open 2019
O Rio Open apresentado pela Claro é disputado no Rio de Janeiro, no Jockey Club Brasileiro, até o dia 24 de fevereiro. O torneio tem chaves de simples e duplas (apenas masculino).
Acesse o site oficial para mais informações sobre as partidas e a venda de ingressos.
Crédito das imagens: Fotojump