Linha de produção automotiva com robôs auxiliando na produção de veículos

Robôs vão substituir 20 milhões de empregos e outros destaques

3 minutos de leitura

Confira o resumo de seis notícias que foram destaques em tecnologia e inovação na última semana.



Por Redação em 01/07/2019

Robôs irão substituir até 20 milhões de empregos industriais até 2030
A análise é da Oxford Economics, empresa britânica de investigação e consultoria. O estudo aponta que a ocupação de robôs nesses 20 milhões de cargos pode gerar desigualdades sociais e geográficas, mesmo impulsionando a produção econômica geral. Desde 2000, aproximadamente 1,7 milhão de empregos no setor de manufatura já foram substituídos por robôs, com destaque para a China, que já absorveu 550 mil empregos e deve somar 14 milhões de robôs industriais até 2030. Num cenário positivo, a Oxford Economics acredita que, graças aos benefícios produtivos dessa troca, novos empregos serão criados no mesmo ritmo que os já disponíveis forem substituídos por robôs. Se por um lado os trabalhos com tarefas repetitivas estão mais propensos a serem substituídos, por outro, aqueles que exigem mais compaixão, criatividade ou inteligência social devem continuar sob responsabilidade dos humanos. O relatório completo (em inglês) está disponível no site da consultoria.

Empresas estão mais dispostas a usar Inteligência Artificial para identificar fraudes
Segundo uma pesquisa global da Association of Certified Fraud Examiners (ACFE), em parceria com a SAS (empresa especializada em análise de dados), 25% das companhias planejam, até 2021, utilizar Inteligência Artificial e Machine Learning para detectar e impedir fraudes, enquanto 13% das empresas entrevistadas já utilizam essas tecnologias. Segundo o site CIO, o relatório mostrou que a biometria será uma tendência nos programas antifraudes das organizações e que 72% delas esperam usar monitoramento automatizados e outras soluções para detectar anomalias. Análise preditiva, análise de dados, blockchain, realidade virtual e aumentada são outras tecnologias utilizadas para evitar ataques. O estudo (em inglês e pago) está disponível no site da ACFE.

4G: tecnologia é responsável por 61,3% das conexões celulares no Brasil
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o país fechou maio com 140,15 milhões de acessos móveis 4G. Em relação a abril deste ano, são 2,34 milhões de usuários a mais. Com isso, a tecnologia LTE já representa 61,3% de todas as conexões móveis no Brasil, enquanto o 3G tem apenas 19% de participação, com redução de 1,9 milhão de clientes em maio. O relatório da Anatel mostrou ainda que o Brasil registrou 228,65 milhões de celulares em uso no mês passado.

Enquanto isso, 5G será uma tecnologia de massa apenas em 2026
A afirmação é de Artur Coimbra, diretor do departamento de banda larga do Ministério da Ciência e Tecnologia. Em um vídeo para o portal Tele.Síntese, Coimbra disse que “o conjunto de aplicações [que irão usar o 5G] será focalizado no aumento de produtividade de setores específicos da indústria. Isso deve dominar o perfil de cobertura de atendimento 5G nos primeiros anos”. Para o usuário final, o diretor analisa que a massificação deve ocorrer entre 2025 e 2026. O leilão de 5G está marcado para março de 2020. O vídeo completo você pode conferir no YouTube.

Equiano é o novo cabo subterrâneo do Google que vai ligar Europa à África
A novidade vai percorrer a Europa Ocidental e a costa oeste africana, entre Portugal e África do Sul, e deve entrar em operação já em 2021. A ideia é que unidades de ramificação da instalação consigam ampliar a conectividade em outros países africanos, começando pela Nigéria. Equiano (batizado em homenagem ao escritor e abolicionista nigeriano Oulaudah Equiano) é um dos três projetos privados da Google, que já somam US$ 47 bilhões em investimentos desde 2016. O primeiro foi o cabo Curie (que transita entre o Chile e Los Angeles) e o segundo deve conectar Estados Unidos e a França no próximo ano.

Ferramenta deepfake que criava nudes femininos é descontinuada
Outro debate que repercutiu em sites brasileiros e internacionais foi a notoriedade e encerramento do DeepNude, um aplicativo deepfake que utiliza Inteligência Artificial (IA) para criar nudes falsos de mulheres. A ferramenta chamou a atenção da comunidade pelo potencial em destruir reputações e impactar negativamente a vida de pessoas pelo mau uso da IA. Ao The Verge, o criador da ferramenta, conhecido apenas por “Alberto”, disse que descontinuaria o projeto caso identificasse o uso errado do DeepNude. “A tecnologia está pronta (ao alcance de todos). […] Se eu não desenvolvesse [o app], alguém faria logo, logo.”



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