China e outros países têm utilizado Inteligência Artificial, drones, robôs e reconhecimento facial para conter surto do COVID-19
O COVID-19, nome oficial dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a nova cepa do grupo coronavírus, já soma mais de 90 mil casos confirmados em todo o mundo, mais de 48 mil pessoas recuperadas e três mil mortes. Apesar da doença respiratória atingir diversos países, a tecnologia tem ajudado, principalmente a China, a conter o surto.
Como mostra este artigo do Recode, site da Vox Media especializado em inovação, termômetros infravermelho, Inteligência Artificial, drones e robôs são algumas soluções que profissionais de saúde e pesquisadores adotaram para:
- Verificar a temperatura das pessoas.
- Identificar os sintomas do COVID-19.
- Encontrar novos tratamentos para a doença.
- Rastrear a propagação do vírus.
- Identificar pessoas que possam estar doentes.
Um robô, por exemplo, pode ser usado para desinfetar salas, se comunicar com pessoas isoladas, obter informações vitais, fornecer medicamentos, entre outras funções automatizadas. Embora a maioria dessas tecnologias esteja concentrada na China, são inovações que podem facilmente ajudar em futuras epidemias.
Neste blog post, o Mundo + Tech resume como alguns países estão usando essas tecnologias para conter o surto do COVID-19.
Inteligência Artificial atua em várias frentes contra o COVID-19
A IA tem sido utilizada para entender como acontece a propagação do novo vírus. A BlueDot, empresa de vigilância de dados de saúde pública, foi capaz de rastrear o surto inicial do COVID-19, como já mostramos aqui no Mundo + Tech. A Metabiota, companhia norte-americana do mesmo ramo, também desenvolveu um algoritmo capaz de identificar os primeiros estágios da epidemia.
No campo do diagnóstico da doença, diversos hospitais da China têm usado uma plataforma de IA da Infervision, uma empresa local, para escanear imagens de tomografia computadorizada dos pulmões dos pacientes. Assim, os profissionais de saúde conseguem identificar se esses usuários têm ou não sinais do COVID-19.
Ao mesmo tempo, a epidemia fez com que várias empresas farmacêuticas procurassem novos tratamentos com a IA. Publicamos recentemente como pesquisadores do MIT descobriram um novo antibiótico com a tecnologia. O processo é semelhante: um algoritmo vai ajudar a procurar possíveis tratamentos em diversos bancos de dados do setor da saúde.
Robôs e drones para monitorar o novo coronavírus
Citamos mais acima como um robô pode ser eficaz no combate ao novo vírus. Em Seattle (Estados Unidos), uma máquina inteligente ajudou no tratamento de um homem diagnosticado com a doença. O robô carregava um estetoscópio e possibilitou a comunicação entre o paciente e a equipe médica, limitando a exposição do time ao COVID-19.
Enquanto isso, hospitais na China contrataram robôs da UVD Robots, empresa dinamarquesa, para desinfetar os quartos dos pacientes. Os pods robóticos da companhia são controlados remotamente por um profissional de saúde e emitem luz ultravioleta por toda a área. Com isso, conseguem matar vírus e bactérias, afirma a UVD Robots em comunicado.
Ainda na China, veículos autônomos entregam suprimentos para profissionais de saúde em Wuhan, epicentro do novo coronavírus. Já drones da Shenzhen MicroMultiCopter, companhia chinesa de tecnologia, e de outras empresas foram implantados em locais públicos para:
- Patrulhar esses espaços.
- Realizar imagens térmicas.
- Conferir se as pessoas estavam viajando sem a máscara de proteção.
Reconhecimento facial identifica até mesmo pessoas com máscaras
Sim, reconhecimento facial sempre foi um tema polêmico na China. No entanto, diversas empresas aprimoraram as soluções baseadas na tecnologia para evitar a propagação da doença. É o caso da chinesa SenseTime. O software criado pela empresa agora consegue identificar se as pessoas estão utilizando uma máscara. O FacePro, da Panasonic, também faz o mesmo.
A epidemia do COVID-19 ainda inspirou empresas de reconhecimento facial a integrar sua tecnologia com imagens térmicas. Assim é possível saber se as pessoas estão com temperaturas elevadas, o que pode indicar contaminação pelo vírus.
Surto não pode ser usado para aumentar a vigilância pública
Por mais que essas tecnologias ajudem no combate ao COVID-19 e possíveis novos surtos, o site Recode levanta o debate se a inovação ameaça a privacidade dos indivíduos. Embora robôs, IA e drones não “salvem” a sociedade do novo vírus, ajudam a contê-lo.
No entanto, quando se trata de um surto global de saúde pública, até onde as tecnologias de vigilância vão impactar o dia a dia dos cidadãos e como eles vão reagir a esse cenário? Independentemente da resposta, a dica do Recode é bem mais “analógica”: lave as mãos e mantenha distância de pessoas infectadas.
Principais destaques desta matéria:
- COVID-19 já soma mais de 90 mil casos confirmados;
- Porém, China e outros países têm se apoiado em tecnologias para conter o surto do novo vírus;
- Inteligência Artificial, drones, robôs e reconhecimento facial são algumas dessas inovações.