As instituições financeiras têm uma lista clara de prioridades de segurança cibernética inteligente para esse ano. Os dados são da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, que mostra a priorização de tecnologias focadas em infraestrutura, prevenção às ameaças cibernéticas, gestão de identidades e acesso, além da contratação de especialistas na área de segurança da informação.
Essa é a ordem exata de uso dos recursos, segundo o levantamento, que ouviu 16 bancos, os quais, juntos, representam 80% dos ativos bancários do país. Os executivos entrevistados mostraram que os bancos não são apenas provedores de serviços financeiros, mas também de segurança.
Os especialistas que elaboram o relatório destacam ainda que a segurança cibernética inteligente não depende de uma tecnologia, mas “de uma gama de métodos de verificação e autenticação, alinhando capacidades intelectuais e tecnológicas”.
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O documento chama a atenção para um capítulo especial do processo, que é o treinamento dos profissionais envolvidos com o tema. O investimento em treinamento sobre segurança cibernética para os profissionais dos bancos mais do que dobrou (122%) de 2021 para 2022. No ano passado, os bancos investiram nada menos do que R$ 14,2 milhões para treinar seus profissionais não ligados à área de tecnologia da informação (TI).
Quando analisada somente a área de TI, o crescimento dos investimentos de treinamento em cibersegurança é muito superior e registra um aumento de 11 vezes, resumindo a importância do tema. E mais: a quantidade de profissionais treinados pulou de 7,5 mil, em 2021, para 31,2 mil no ano passado. Estamos falando de um aumento de 315%.
Inteligência artificial será determinante para segurança cibernética
O levantamento aponta ainda que a Inteligência Artificial (IA) é crucial na disciplina de segurança cibernética. O recurso deve ser cada vez mais usado para identificar padrões e aprender de forma adaptativa em tempo real, conforme os eventos ocorridos, e pode acelerar a detecção, contenção e resposta aos ataques cibernéticos.
Outra frente da IA é na ajuda para reduzir a carga pesada dos analistas dos centros de operação de segurança (SOC), de forma a capacitá-los a serem mais proativos. Como comprovam os investimentos em treinamento, os profissionais da área continuam em alta, mas passarão por uma mudança de perfil.
“Os analistas deverão reduzir seu foco em alertas de triagem e outras atividades operacionais e reativas, direcionando-o para atividades mais estratégicas e proativas”, resume o documento da Febraban, executado em parceria com a consultoria Deloitte.