Desenvolvido pela empresa iNeeds, o recurso está focado em monitorar e prever deslizamentos de encostas em áreas urbanas. Com base em dados reais, os especialistas identificaram o meio do ano como o momento ideal para iniciar os preparativos e investir em medidas preventivas. A indicação acontece em função da sazonalidade de ocorrência de incidentes climáticos que podem levar aos deslizamentos. Segundo a iNeeds, os dois primeiros meses do ano são os mais críticos em termos de eventos climáticos perigosos.
A ideia dos pesquisadores é pensar na prevenção a médio prazo, usando o dispositivo para fornecer alertas antecipados e permitindo que as autoridades ajam rapidamente, segundo reportagem do site InfraROI.
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Histórico do sensor de movimento de encostas
O uso da tecnologia já tem precedentes no Brasil em 2022, quando a Defesa Civil de Petrópolis adotou os sensores. No início daquele ano a cidade fluminense enfrentou o maior deslizamento de terra desde 1988. Segundo os desenvolvedores do recurso, desde então a cidade conseguiu prevenir diversos deslizamentos de pedras nas encostas, inclusive os ocorridos pela forte tempestade que aconteceu em maio deste ano.
![sensor de movimento de encostas](https://proximonivel.embratel.com.br/wp-content/uploads/2023/08/sensor-de-movimento-de-encostas-585x450.jpg)
Tecnicamente, os alertas precoces são detectados pelo sensores que identificam inclinações ou movimentos e enviam as informações ao centro de monitoramento da Defesa Civil. Os dispositivos funcionam com bateria alimentada por energia solar e que é recarregada constantemente durante o dia.
No Brasil, deslizamentos de terra ocorrem em todo o território nacional e são mais frequentes durante os meses de verão. Isso acontece devido à estação ter chuvas recorrentes e intensas em várias regiões do país.
Além das causas naturais associadas a esse fenômeno, a urbanização desordenada, sem planejamento adequado, aumentou essa incidência, devido à construção de edificações em encostas de morros e serras, áreas já altamente propensas a movimentos de massa.
Dados históricos mostram que, entre novembro e março, ocorrem as maiores precipitações pluviométricas do país. De acordo com um estudo divulgado em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as regiões Sul e Sudeste apresentam maior vulnerabilidade aos deslizamentos de terra.