O volume de serviços de telecom caiu 1% em agosto de 2024, repetindo um padrão geral do setor. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em outubro. A tendência de queda acontece após dois meses seguidos de alta, que acumularam um nível de crescimento de 1,5%.
Apesar do recuo, é interessante notar que o volume de serviços em geral, incluindo telecom, está 15% acima do nível de fevereiro de 2020. No acumulado do ano, o setor avançou 2,7%, frente a igual período de 2023. Já nos acumulados dos últimos 12 meses, o aumento é de 1,9%, segundo reportagem do site Telesíntese.
Na análise do IBGE, a área de telecom está inserida no grupo de informação e comunicação, e também apresentou a mesma retração de 1%, depois de avanços importantes como o crescimento de 2,1% em julho e de 1,5% em junho.
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No mesmo grupo de telecom – informação e comunicação – estão os serviços de audiovisuais, cuja queda em agosto foi mais acentuada: 6,6%. Aliás, esse subsegmento teria pressionado o resultado do grupo como um todo, muito mais do que a área de telecom.
Crescimento no exterior
Como alternativa para equilibrar a menor demanda doméstica, o setor setor de fabricação de equipamentos para redes, no Brasil, está de olho no mercado externo. De acordo com o Telesintese, a desaceleração na construção de redes de telecomunicações locais estaria impulsionando empresas como a DPR Telecomunicações a ter operações fora do país.
O projeto de internacionalização inclui a instalação de uma fábrica nos Estados Unidos e a estratégia envolveria a produção local, na América do Norte. A oportunidade acontece pela grande extensão da rede híbrida – cabo coaxial e fibra óptica – nos EUA, o que abre a possiblidade de expansão da fibra óptica pura, inclusive em função da resistência local aos fabricantes chineses.