Pesquisa destaca que líderes de TI acreditam que atual infraestrutura de TI não vai suportar a demanda de novos usuários, aplicativos e dados.
Coisas inteligentes, aplicativos e serviços digitais vão impulsionar o futuro dos negócios devido à grande quantidade de dados que serão gerados. Porém, todas eles vão exigir uma infraestrutura de TI robusta, capaz de suportar toda a demanda e manter a disponibilidade dessas soluções.
Para muitos tomadores de decisão de TI, a jornada para a Indústria 4.0 tem se tornado desafiadora e as atuais infraestruturas de TI não estão preparadas para um cenário de aumento constante de usuários, de volume de dados e de requisitos de desempenho dos aplicativos.
Esse consenso foi destaque no relatório “Global Trend Report: How the 4th Industrial Revolution is Changing IT, Business and the World”, conduzido pela Lumen Technologies, companhia de TI focada em soluções para a indústria.
A pesquisa entrevistou mais de 2 mil tomadores de decisão e executivos de nível C de organizações de grande e médio porte de vários países, entre eles, o Brasil.
Embora as pessoas entrevistadas acreditem que as empresas não estejam totalmente prontas para a Indústria 4.0, ela ainda é uma oportunidade de criar vantagem competitiva a partir de alguns casos de uso, como:
- Análise preditiva.
- Fábricas inteligentes.
- Telemedicina.
- Autoatendimento para clientes de varejo.
Porém, o uso de soluções, que vão coletar e armazenar dados, vai exigir computação – seja ela na nuvem, na borda (Edge Computing) ou local. Assim como vai demandar conectividade, que terá papel fundamental no tempo de resposta dessas aplicações.
Por que a infraestrutura de TI vai fazer a diferença na Indústria 4.0?
Assim como o vapor, a eletricidade e os chips de silício impulsionaram as revoluções passadas, os dados serão o principal motor da Indústria 4.0. A partir do uso de aplicativos, as empresas vão poder coletar dados de clientes em tempo real, bem como armazenar os mais relevantes.
Isso é algo em evidência para os entrevistados pela Lumen: 94% dos participantes do Brasil concordaram que a capacidade de uma empresa em adquirir, analisar e tomar uma decisão baseada em dados será fator-chave para definir uma empresa líder em tecnologia no futuro.
Vale destacar que o domínio no uso de dados deve ser considerado em todas as indústrias. Do robô operando no chão de fábrica de uma montadora ao uso de vestíveis, telemedicina e análise preditiva no setor da saúde.
Hoje, empresas de todos os setores podem se moldar para desenvolver ou adaptar processos orientados a dados. Apesar disso, como citamos no tópico anterior, a conectividade fará toda a diferença nessa jornada de inovação.
Isso porque, como apontam 52% dos entrevistados brasileiros, a infraestrutura de TI não está preparada para o volume de dados e para a performance necessária da próxima geração de aplicativos.
Além disso, a maioria dos tomadores de decisão brasileiros acredita que um modelo centralizado de nuvem não é o ideal para suportar as demandas de aplicativos (82%) e de workloads (79%).
O que nos leva ao quesito conectividade: 94% dos respondentes brasileiros afirmam que a tecnologia de fibra óptica é a melhor escolha para conectar e gerenciar com segurança os aplicativos e dados distribuídos.
Em nível global, nove em cada dez líderes dizem que a infraestrutura de fibra é essencial para se conectar a uma rede de nuvem distribuída.
Modernizando a infraestrutura para a inovação
Inovar e acompanhar as mudanças da Indústria 4.0 vai demandar a modernização da infraestrutura de TI para fornecer e orquestrar aplicativos e dados distribuídos com segurança. Para as empresas, é a oportunidade de alcançar um nível ideal de proficiência em conectividade e eficácia computacional, maximizando o valor que produtos e serviços trazem para o negócio.
Sem contar que aplicações requerem cada vez mais desempenho de rede de alta largura de banda e baixa latência. Ao mover aplicativos, cargas de trabalho e dados críticos para mais perto de onde eles são processados (no caso, dispositivos) as empresas podem se diferenciar e obter uma vantagem competitiva ao redefinir as experiências de seus clientes.
Essa dinâmica também vai fomentar uma nova cultura nas organizações: a de segurança em primeiro lugar, tema bem recorrente aqui no Mundo + Tech.
O cenário de ameaças globais está constantemente se adaptando, evoluindo e crescendo. Tanto que 92% dos tomadores de decisões de TI globais disseram que a segurança de aplicativos e dados é sua principal preocupação de TI. No Brasil, 97% concordaram com isso.
Os entrevistados acreditam também que abordagens tradicionais de segurança baseadas em perímetro se tornam mais e mais obsoletas (81% a média global e 74% no Brasil), uma vez que os ambientes de TI estão mais complexos com o uso de aplicativos e tecnologias emergentes.
Nesse cenário, além da influência da COVID-19 para a segurança crítica dos dados e da conectividade, a modernização da infraestrutura de TI terá sucesso com a adoção de tecnologias que vão dar suporte na identificação e mitigação de eventos e incidentes.
Principais destaques desta matéria
- Infraestrutura de TI atual não está pronta para o grande volume de dados, aponta pesquisa.
- Para entrevistados, desenvolver uma cultura orientada a dados se torna vantagem competitiva.
- Assim como ter uma conectividade que permita o gerenciamento seguro de aplicativos distribuídos em nuvem.