4 tendências em alta e 4 em baixa no gerenciamento de projetos de TI

Confira 4 tendências em alta e 4 em baixa no gerenciamento de projetos de TI

5 minutos de leitura

Especialistas ouvidos pelo site CIO.com contam o que mudou no gerenciamento de projetos de TI após meses de trabalho remoto.



Por Redação em 10/08/2020

Especialistas ouvidos pelo site CIO.com contam o que mudou no gerenciamento de projetos de TI após meses de trabalho remoto.

Gerenciamento de Projetos de TI é o planejamento, organização, alocação de recursos e de orçamentos e a execução bem-sucedida das metas do time de tecnologia da informação de uma organização. No cenário de pandemia, muitas companhias precisaram rapidamente executar algumas ações, entre elas:

  • Desenvolvimento de sistemas e aplicativos.
  • Atualizações de rede.
  • Implementação de computação em nuvem e virtualização.
  • Análise de negócios e gerenciamento de dados.
  • Tantos outros serviços de TI.

De março para cá, todos esses projetos precisaram ser executados de forma remota, com os profissionais de TI espalhados por diversos pontos de uma cidade (quando não de um estado). Para os gerentes de projetos de TI, foi necessário ir além da aplicação de conhecimento nessas demandas.

Como aponta uma publicação do site CIO.com, esses líderes precisaram alinhar as habilidades, usar as ferramentas e técnicas corretas para concluir esses projetos em um prazo bem apertado. Meses após o início do isolamento social, qual o aprendizado para as equipes?

Pensando nessa nova dinâmica, o site CIO.com conversou com vários líderes em projetos de TI para entender quais são tendências que estão em alta (e em baixa) no gerenciamento de projetos de TI, impulsionadas pela pandemia.

1. Ferramentas de colaboração remota: em alta

O home office fez muitos profissionais – de todos os níveis – utilizarem ferramentas para as quais, até então, mostravam uma certa resistência. Como comentou Jeff DeVerter, CTO de produtos e serviços da Rackspace, ao CIO.com, “a pandemia foi um catalisador.”

Se antes o uso de ferramentas de colaboração, como Slack e Microsoft Teams, era tendência dentro do próprio departamento de TI, agora elas estão nas áreas mais “tradicionais” de uma organização.

Isso permitiu agilizar os projetos de TI, uma vez que os times envolvidos podem se encontrar on-line a qualquer momento para discutir alterações em “tempo real” conforme o cronograma de execução acontece.

2. Reuniões longas: em baixa

Como reuniões presenciais ainda não são uma possibilidade em diversas organizações, talvez elas não sejam tão necessárias para a gestão de projetos no futuro. E um dos motivos é que a alta demanda trazida pela pandemia exigiu agilidade dos colaboradores envolvidos.

“Não muito tempo atrás, as reuniões de projeto podiam se estender facilmente por duas horas”, falou Nancy Bechthold, vice-presidente de operações de serviço da NetSPI. “Agora elas são o mais rápido possível.”

A tendência, segundo os especialistas ouvidos pelo CIO.com, é que os times terão um comportamento mais proativo e não reativo. “Elas vão dizer ‘resolvemos um problema’ e não mais ‘temos um problema”, de acordo com Kevin Evans, diretor de tecnologia da ActiveOps.

3. Competência: em alta

O trabalho remoto trouxe uma nova realidade para as empresas: focar na competência dos times melhora a produtividade, refletindo na entrega do projeto final. Antes, as organizações mediam o sucesso pela quantidade de e-mails respondidos ou horas trabalhadas, por exemplo.

A pandemia mudou o jogo e, como ressaltou DeVerter da Rackspace, “todos nós seremos avaliados por nossa capacidade de produzir como indivíduos e organizações”. Porém, as empresas mais tradicionais vão encontrar dificuldades em saber como medir essa produtividade.

4. Gerente de projeto: em baixa

Não é que o cargo irá desaparecer imediatamente, apontaram os especialistas ouvidos pelo CIO.com. No entanto, as organizações estão cada vez mais adotando metodologias ágeis para tocar os projetos.

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Isso vai transformar o cargo do gerente de projetos de TI, que passará a ser visto como líder, uma vez que as ferramentas de colaboração vão permitir atualizações em tempo real dos projetos. Assim, o “novo” gerente passa a ser um orquestrador, mantendo a sintonia entre os envolvidos.

Para Dan Lawyer, vice-presidente sênior de gerenciamento de produtos da Lucid, criadores do Lucidchart, o gerenciamento de projetos de TI será um trabalho democrático, porque todos terão acesso aos dados do projeto, às atualizações de status e às ferramentas para continuar o trabalho.

Assim, o gerente de projetos “terá uma visão geral do projeto, vai ver os obstáculos e saber quando e para qual equipe direcionar a demanda”, afirmou Dan Lawyer.

5. Propósito: em alta

“Como você está transformando o mundo em um lugar melhor?”. Para Matt Burns, líder de ecossistema de startups do monday.com, as organizações não podem brincar com essa pergunta e nem respondê-la de forma leviana.

Ao site CIO.com, ele comentou que “vivemos em uma sociedade compartilhada e devemos nos concentrar em melhorá-la”. Na visão do líder, defender uma tendência social da boca para fora vai deixar claro para os clientes que uma empresa não está sendo sincera.

Por isso, encontrar e entregar um propósito para os colaboradores é tendência, seja esse propósito um posicionamento sobre temas atuais ou o reconhecimento sobre o que é necessário fazer para ter um ambiente mais diversificado e colaborativo.

Como Burns destacou, a pandemia tirou a necessidade do trabalho presencial. Então, se uma organização não entende como os talentos e ela própria podem mudar o mundo, uma pessoa vai “escolher um empregador em vez de outro.”

6. Liberdade na escolha de software: em baixa

Antes da pandemia – e até mesmo durante – muitas empresas deixavam seus colaboradores livres para eles escolherem o melhor software de produtividade. “Escolha o que combina com você e faça acontecer”, comentou Burns da monday.com.

Finalizar um projeto quando duas pessoas de um time usam ferramentas diferentes pode ser um desafio. Por sorte, Burns acredita que as companhias estão buscando uma padronização. Ou seja, um sistema que consiga atender a todos.

Porque, segundo o líder, o uso de muitos sistemas vai distribuir as informações de um projeto. Isso vai criar silos onde os colaboradores não terão acesso a determinado dados ou não sabem como achá-los.

Porém, quando os dados estão em uma ferramenta que permite que todos tenham acesso a eles — sem ter que sobrecarregar a equipe com a tarefa de agrupá-los — a produtividade aumenta.

7. Liderança: em alta

“Historicamente, os gerentes de projeto sempre foram muito orientados para as tarefas”, disse Bechthold da NetSPI. “Eles tinham um plano de projeto, conversavam com a equipe, atribuíam tarefas e acompanhavam o status dessas tarefas.”

Porém, como foi dito mais acima, esses gerentes agora têm assumido um papel mais de liderança. “Eles estão liderando toda a equipe além de direcionar seus clientes para um melhor caminho para o sucesso”, comentou a vice-presidente da NetSPI.

Com esse novo papel, surgem novas habilidades e competências. Agora, o gerente de projetos de TI deve compreender todo o projeto, seus aspectos técnicos, as questões legais e como ele vai afetar os negócios.

Esse conjunto de habilidades, acredita Bechthold, requer certa experiência na capacidade de negociar, orientar e motivar as equipes. Assim como vai exigir uma visão de negócio. Para ela, os gerentes “precisam entender o negócio (da própria empresa) e o negócio do cliente.”

8. Horário comercial: em baixa

Se antes era preciso bater ponto de entrada e saída, os especialistas entrevistados pelo CIO.com acreditam que o momento é de entrega de demandas. O horário de trabalho deve ser substituído por algo mais humano, que permita uma pessoa a cuidar dela, do trabalho e de casa.

É a questão do “contexto”, afirmaram os líderes. Significa não ficar preso ao horário comercial habitual, mas sim, saber, a partir das ferramentas de colaboração, o que uma pessoa está fazendo e se ela está disponível para uma videochamada.

Para Evans da ActiveOps, isso permite que um colaborador faça seu próprio horário. “As pessoas podem trabalhar de manhã, cuidar dos filhos na hora do almoço, trabalhar um pouco à tarde, cuidar dos filhos novamente e trabalhar algumas horas à noite”, comentou.

Contanto que funcione para esse profissional e não interfira na entrega de um projeto, Evans credita às ferramentas de produtividade essa “grande mudança” na forma de trabalhar e também nas interrupções desnecessárias que sempre ocorriam no “antigo” normal.

Principais destaques desta matéria

  • Gerenciamento de projetos de TI encontrou uma nova dinâmica após a pandemia.
  • Para especialistas ouvidos pelo site CIO.com, projetos de TI contarão com processos mais democráticos e integrados.
  • Confira 4 tendências em alta e 4 em baixa listadas por líderes após meses de trabalho remoto.


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