Em 2022, foram instaladas, em média, três vezes mais antenas para 5G do que o previsto na primeira fase das obrigações estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A próxima meta da agência, cujo prazo vai até 2026, é levar o padrão de conectividade para as cidades com mais de 500 mil habitantes.
Não há dúvidas de que as operadoras têm interesse em antecipar este prazo, uma vez que os mais diversos tipos de negócios, hoje, demandam conectividade. De grandes indústrias ao agronegócio, o 5G vem sendo considerado um divisor de águas.
Mas, a grande barreira é o fato de que somente 2% das cidades brasileiras possuem regras adequadas para implantação da infraestrutura necessária para o 5G. E, para além da implementação de infraestrutura, outro desafio é o desconhecimento por parte de usuários, de empresas e do próprio poder público acerca do novo padrão de conectividade.
Falta de conhecimento restringe investimentos
Um estudo da IDC, por exemplo, mostrou que apesar de 84% das pessoas acreditarem que a tecnologia vai transformar a maneira como a internet é utilizada, apenas 36% admitem que conhecem o conceito. Além disso, a IDC mostra que oito em cada dez organizações (80%) no país acreditam que a única melhora do 5G é na conectividade.
Outro levantamento, da KPMG, aponta que praticamente sete em cada dez empresas no Brasil (71%) querem utilizar o 5G nos próximos cinco anos, mas quase a metade (46%) não sabe estimar quanto seria necessário investir para usufruir dessa tecnologia.