Entenda como o 5G vai impulsionar o DeFi

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A quinta geração de telefonia vai viabilizar diversas tecnologias, como a IoT, cujos dispositivos contribuem para a segurança e a descentralização da blockchain



Por Redação em 12/05/2022

Com o avanço da cobertura 5G, que tem maior velocidade e latência reduzida, a Internet das Coisas (IoT) será cada vez mais viável. Por sua vez, os dispositivos de IoT aumentarão a segurança dos processos de validação das redes de blockchain, dando maior impulso às finanças descentralizadas (DeFi).

O 5G também deve dar mais agilidade às mineradoras de criptomoedas, que estão implantando novas ferramentas e tecnologias para operações remotas e maior produtividade. Mas tudo isso depende da integração bem-sucedida da automação e da troca de dados, o que, por sua vez, requer conectividade confiável. 

O que é blockchain e o que isso tem a ver com mineração?

Para entender melhor como o 5G e o DeFi se relacionam, é preciso compreender como funciona a blockchain. Essa tecnologia garante a segurança das transações com criptoativos, pois permite que todas as informações sejam rastreadas. 

Cada bloco da blockchain, que existe em um ambiente virtual (nuvem), contém uma função matemática, a qual gera um código criptografado, com letras e números. Além do próprio código, o bloco tem também o código do anterior, o que faz com que se conectem e assegura que não houve violação. A conexão entre os vários blocos forma uma corrente de dados – daí o nome blockchain, que nada mais é do que um processo de validação dos dados.

Essa conexão entre os blocos é uma tarefa bastante complexa e, por isso, quem a executa é remunerado. E é justamente essa atividade que é conhecida como mineração. Cada vez mais os mineradores investem em equipamentos sofisticados para fazer essa validação, o que demanda maior conectividade e também integração de várias máquinas, contextualizando a importância do 5G, pois a maior velocidade traz agilidade ao processo de mineração de blocos.

Além de transações com criptomoedas, a blockchain também pode ser usada para validação de documentos e outras operações financeiras, inclusive em instituições tradicionais. 

5G vai estimular as finanças descentralizadas

Como a blockchain é a base das transações em DeFi, certamente as características do 5G – velocidade mais rápida, menor latência (tempo de envio e recebimento de um sinal) e capacidade de conexão de vários dispositivos – devem estimular a descentralização. Ou seja, como as operações serão mais seguras e ágeis, cada vez menos serão necessários intermediários. 

Além disso, o 5G (e sua evolução, o 6G, que já começa a ser discutida) vai viabilizar várias aplicações do metaverso, que é um ambiente virtual e imersivo, em realidade aumentada. Hoje já há lojas no metaverso, assim como terrenos e construções que simulam salas de reunião, conferências, entre outros. 

Grande parte das compras realizadas nestes locais já é paga com criptomoedas e a tendência, no futuro, é de que isso se torne uma prática cada vez mais comum. Afinal, no metaverso não há limites geopolíticos, então não faz sentido fazer compras com dinheiro fiduciário. 

“Estamos observando um enorme crescimento de tokens não fungíveis (NFTs), criptomoedas, microcoins, altcoins e stablecoins. O metaverso é a criação de um outro mundo a partir do zero, imersivo e social”, disse Arthur Igreja, professor da FGV e especialista em economia compartilhada e inovação disruptiva, em entrevista exclusiva ao Próximo Nível. Em sua avaliação, a criptoeconomia é uma tendência sem volta. E, não restam dúvidas de que o 5G será um habilitador da economia descentralizada. 



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