A maioria dos empresários brasileiros do segmento de TI (64%) enxergam o 5G como sua principal estratégia para os próximos três anos. Mas ainda há espaço para outras tecnologias e entre as prioridades estão proteção de dados pessoais (37%) e edge computing (32%). Os resultados são de uma pesquisa da Equinix, que ouviu 2,9 mil empresários, em 29 países, no primeiro semestre deste ano. No Brasil, foram 100 executivos entrevistado.
A principal expectativa é o 5G e os executivos esperam que a nova tecnologia de conectividade traga inovações em Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial (54%). A conexão com outros parceiros (45%) e o desenvolvimento de novos produtos (42%) também foram citados como principais expectativas com o 5G nos próximos anos.
Para Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil, o gestor de TI – e todo o mercado – ainda não está preparado para o 5G. Ouvido pelo site Mobile Time, o executivo espera que as empresas aprendam na prática o que será possível fazer com a rede móvel de quinta geração.
Além do 5G, edge computing e cloud
Já a edge computing é vista pelos executivos de TI como uma forma de lidar com problemas de tecnologia (32%) e para ganhar eficiência em processos (32%). A nuvem em si também não será deixada de lado e o cenário é misto quanto à preferência: 40% dos entrevistados já usam nuvem privativa, enquanto 36% usam híbrida. Outros 15% são adeptos ao multicloud e os 9% restantes de nuvem pública. Desses, 30% usam dois provedores de nuvem, 25% mais de cinco, 23% usam três, 14% usam quatro e 8% utilizam um Cloud Service Provider (CSP).
Nota-se ainda que 74% dos executivos querem levar mais funções para a nuvem. Apenas 13% vão manter o que têm e outros 13% devem tirar aplicações da nuvem. Entre os executivos que querem levar mais aplicações à nuvem, as tecnologias citadas são: banco de dados (73%); segurança (69%); IaaS (55%); ferramentas de produtividade, como e-mail e mensageria (54%); aplicações críticas (42%) e legado (32%).
Segurança é uma das preocupações
Os ataques cibernéticos aparecem como a principal preocupação dos executivos (73%), seguida por brechas e vazamentos de dados (71%) e uma nova pandemia (68%). Dentro desse escopo, também há a preocupação com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo que 20% dos entrevistados disseram que o objetivo é entrar em conformidade com ela. A longo prazo, estar apto às regras de privacidade é uma das prioridades para 92% das empresas.