Quem são as pessoas que passaram pelo palco da segunda edição do SingularityU Brazil Summit? Entre 11 e 12 de junho mais de 30 mentes criativas estiveram compartilhando conhecimento, inspirando, desafiando o público a pensar fora da caixa, ou melhor, pensar de forma exponencial. Conheça algumas dessas figuras inspiradoras.
Jason Silva
Figura pop da programação, é o apresentador da série Brain Games do canal National Geographic. Além disso, possui um canal no Youtube chamado “Shots of Awe”, em que apresenta vídeos curtos com mensagens inspiracionais sobre tecnologia, inovação, criatividade e o futuro. “O mundo é governado pela tecnologia e a tecnologia não muda de forma linear. Ela muda de forma exponencial. Somos sempre pegos de surpresa. Porque as pessoas não veem o mundo como ele é. Elas veem o mundo como elas são”. Para Silva, ver o mundo de forma exponencial é ter curiosidade. E essa nova visão pode vir através do aprendizado de uma língua diferente, uma viagem ou um evento que aborda novas tecnologias. “Quanto mais sensibilidades e perspectivas as pessoas puderem adotar, melhor”, finaliza.
Alessandra Zonari
Esta mineira especialista em engenharia de tecidos e medicina regenerativa é hoje a cofundadora e CSO da OneSkin, uma startup de biotecnologia que vem buscando novas formas de promover o rejuvenescimento da pele. “A gente é capaz de desenvolver em laboratório uma plataforma em que criamos pele humana e entendemos o que ocorre no processo do envelhecimento dessa pele”, conta. A ideia é apontar as verdadeiras causas do envelhecimento em cada pele. “Queremos promover a saúde da pele, melhorar seu aspecto visual trazendo auto estima e um envelhecimento mais saudável”, aponta Alessandra, que também afirma que sim, rejuvenescer a pele humana é possível. Os testes já estão feitos e até o final de 2019 veremos uma linha de produtos cosméticos para essa finalidade.
Luiz Calado
O economista, escritor e atual presidente da ABCripto (Associação Brasileira de Criptoeconomia) falou sobre finanças. Entusiasta de criptoeconomia desde quando viveu no Vale do Silício, ele se dedica às novas finanças. “Trabalho com criptomoedas, criptoativos, bitcoin, crowfunding, ajudando investidores e empresas a encontrarem modos de se financiar”, explica. Calado considera que o uso das criptomoedas flexibiliza horários e possibilidades de transações e investimentos, uma vez que os bancos restringem horários para tal. “Hoje você demora até dois dias para finalizar uma transação em bolsa e com criptomoeda isso é praticamente instantâneo. Dá muita segurança aos investidores”, aponta. Segundo ele, existem mais de mil criptomoedas sendo as mais conhecidas Ethereum, Bitcon, Iota, Ripple. Mas muitas já não existem mais, ou seja, não são todas que fazem sucesso. “O investidor precisa ter cuidado antes de aportar seu recurso”, orienta.
Renata Puchala
Ela é a fundadora da Become, um hub de inovação e sustentabilidade para os negócios. Renata ajuda empresas a se tornarem mais sustentáveis e, consequentemente, mais eficientes e com menos desperdício. Juntar desenvolvimento econômico com inclusão social e conservação florestal é o objetivo de seu trabalho. “O slogan da Become – Doing Business for Good – é um convite para que as empresas se desafiem a repensar rumo a um capitalismo que promove o bem para todos: sociedade, planeta e para o próprio negócio”, afirma. Renata é otimista quanto ao cenário empresarial brasileiro na área da sustentabilidade. “Hoje o mercado de consumidores que demandam produtos sustentáveis cresceu demais. Enquanto a maior parte das indústrias cresce de lado, o mercado de produtos éticos, orgânicos (chame como quiser) cresce de dois a três dígitos”, afirma.
Taddy Blecher
Dono de um discurso inclusivo, ele é o CEO do Instituto Maharishi, do Imvula Education Empowerment Trust e da Associação de Desenvolvimento Individual e Comunitário. Este pioneiro do movimento em prol do ensino universitário gratuito na África do Sul chamou a atenção para o futuro da educação no Brasil. Seu plano é dar bolsas de estudo universitário para pessoas sem a mínima condição de crescimento pessoal. “Quem ingressa nas mais renomadas instituições de ensino entra gênio e sai gênio. Eu levei para a nossa universidade (Branson School of Entrepreneurship) os perdedores, idiotas, viciados, mendigos. Porque queremos provar que eles podem se tornar líderes em economia. Vi uma figura considerada um caso perdido se tornar vice-presidente de um banco, que hoje ganha 120 mil dólares ao ano”, contou. Blecher também opinou sobre o crescimento da desigualdade social. “Chamamos de ‘crise de talento’. É quando um sistema educacional produz pessoas num nível diferente do que a economia precisa. No Brasil e na África do Sul sofremos com a crise de talento. Mas também no Canadá. Os empregadores não encontram os talentos que querem contratar. Precisamos treinar os desempregados para os trabalhos disponíveis, porque eles existem.”