A Inteligência Artificial (IA) ainda é considerada tema estratégico pela maioria dos C-Levels brasileiros. Essa informação vem do levantamento feito pela Data-Makers e CDN, com 373 lideranças, que apontou que em 2023 os investimentos em IA aumentaram 33% em relação ao ano anterior, movimentando cerca de US$ 1 bilhão.
De acordo com a pesquisa, 44% dos executivos pretendem aumentar os investimentos em IA no próximo ano. Cerca de 35% dos entrevistados declararam que devem manter o percentual dos investimentos em IA como está. Por outro lado, 22% declararam que pretendem diminuir os investimentos na área de tecnologia.
Investimentos em IA: elemento importante para novos negócios
A pesquisa realizada pela Data-Makers e CDN identificou a participação de 39% dos CEOs, 58% C-Levels e 3% de conselheiros. Segundo eles, os segmentos que mais demandam são: serviços, com 15%, TI com 13% e consultoria, com 11%.
Quando questionados sobre a importância das lideranças conhecerem sobre IA, cerca de 56% consideram esse fator extremamente importante, enquanto 38% consideram apenas importante e somente 6% razoavelmente importante.
Contudo, quando questionados sobre o conhecimento sobre o tema, 76% admitem ter conhecimento razoável sobre inteligência artificial, enquanto 13% afirmaram não terem conhecimento sobre o assunto. 11% disseram ter conhecimento considerável sobre IA. Por outro lado, a maioria dos executivos, cerca de 56%, acredita que o tema inteligência artificial é extremamente importante para os negócios.
Durante a pesquisa, os executivos tiveram que responder a seguinte pergunta: a inteligência artificial é fundamental para a competitividade da minha empresa no futuro? Cerca de 57% concordaram totalmente, enquanto apenas 1% discordou parcialmente, e outros 12% se disseram neutros.
No quesito “IA é prioridade para a empresa”, 23% dos executivos disseram que sim, a inteligência artificial é considerada prioridade.
“As empresas não podem mais pensar em IA com um fim em si mesma, nem aderir a ela pelo hype. IA também não é meramente uma ferramenta para automatizar processos e reduzir custos. É importante que as empresas enxerguem o potencial de IA como um meio para gerar novos insights, processar informações e melhorar a qualidade de suas ofertas, produtos e tomada de decisão de maneira exponencial e escalável”, apontou Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers.
Quase a metade dos executivos apontaram o aumento de investimentos em inteligência artificial para 2024, sendo que 44% pretendem aumentar o aporte, 35% vão manter o nível, enquanto 18% ainda não sabem. 4% dos entrevistados admitiram que irão diminuir os investimentos em tecnologia para o próximo ano.
Verbas por setores
De acordo com a pesquisa, as verbas em inteligência artificial serão destinadas da seguinte forma: 32% para automação de processos, 29% para apoiar as tomadas de decisão, 25% para o desenvolvimento de novos produtos, 24% para processos de marketing e vendas e 23% para atendimento ao consumidor.
“A tecnologia é algo transversal e a inteligência artificial já é uma realidade que transforma os mais diferentes segmentos de negócio. Para quem trabalha com o mercado de comunicação, os horizontes são ainda mais promissores e, ao mesmo tempo, desafiadores, uma vez que a informação é o principal alimento do aprendizado das máquinas (machine learning)”, apontou Fabio Santos, CEO da CDN.