As capitais serão as primeiras a receber a tecnologia 5G na região Nordeste, de acordo com o Ministério das Comunicações. A previsão é de que até junho de 2022 o novo padrão de conectividade já esteja presente nestas cidades.
Em seguida, deverão ser atendidos os municípios com mais de 500 mil habitantes (até o início de 2023) e, de forma escalonada, a cobertura será estendida para as demais cidades.
Além das localidades com pouca ou nenhuma conexão, 776 trechos de rodovias federais (que representam 11,2 mil km de estradas) que passam pelos estados nordestinos deverão ter cobertura de internet 4G, conforme previsto no edital do leilão realizado no início de novembro. A instalação da infraestrutura nas estradas e rodovias deve ser feita até 2029, embora algumas metas precisem ser cumpridas antes.
Objetivo do leilão foi proporcionar competitividade, diz ministro
Conforme o Ministério das Comunicações, o objetivo do leilão, além da implantação do novo padrão de conectividade, foi trazer maior concorrência ao mercado e, com isso, reduzir preços. “Nosso propósito ao realizar um leilão não-arrecadatório é permitir que os valores das outorgas possam ser investidos em melhorias diretas para a população. Vamos ampliar a digitalização no Brasil e conectar brasileiros de todas as regiões”, destacou o ministro Fábio Faria. O valor obtido com o leilão foi de R$ 47,2 bilhões. Destes, R$ 42,4 bi serão revertidos em investimentos e R$ 4,8 bi irão para os cofres da União. Além disso, com a venda da faixa frequência de 26 GHz, o Governo Federal arrecadou R$ 3,1 bilhões para investimento em conectividade nas escolas públicas de todo o país.
As empresas vencedoras do certame na região Nordeste, para o 5G, foram Claro, Vivo e Tim (na frequência 26 GHz); e Claro, Vivo, Tim e Brisanet (3,5 GHz). Para implantação de 4G e 5G (2,3 GHz), a vencedora foi a Brisanet, e para 4G (700 MHz), a Winity II. A previsão é que o 5G chegue a todas as 1.794 sedes municipais do Nordeste, gradualmente, até 2029.
A implantação do 5G em todo o território nacional ainda deve levar algum tempo, pois dependerá da criação de uma infraestrutura de rede independente da que já existe para o 4G. Ou seja, será necessário instalar infraestrutura (as torres chamadas de ERBs, ou estações de rádio base), antenas e torres que transmitem o sinal para os dispositivos dos usuários. Alguns estudos já apontam que o 5G exigirá de quatro a cinco vezes mais antenas instaladas do que as existentes, de forma a permitir o funcionamento em várias faixas de frequência. Por isso, trâmites burocráticos para devem ser considerados quando se fala em prazo de entrada de operação da nova tecnologia de conectividade.