Principais destaques:
– 80% das invasões de hackers são realizadas por funcionários insatisfeitos dentro da própria empresa;
– Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais entrará em vigor a partir do ano que vem;
– Brasil está investindo em boas práticas de segurança de dados.
Ainda que serviços de segurança da informação sejam lançados e atualizados constantemente por empresas de tecnologia do mundo todo, não existe garantia de que seu negócio esteja 100% seguro. E o motivo impressiona: 80% das invasões partem de dentro da própria empresa, são realizadas por funcionários insatisfeitos, alerta Leonardo Muroya (foto), head de Cyber Security do Santander.
De acordo com o executivo, devido à grande incidência de ataques e vazamento de dados, as indústrias estão automatizando, por meio de Inteligência Artificial, a identificação de ameaças globais e a resposta para incidentes já ocorridos.
“Só pode fazer a segurança de alguma solução alguém que saiba mais do sistema do que seu próprio desenvolvedor”
Leonardo Muroya
Apesar dos inúmeros ataques enfrentados por empresas e órgãos públicos, o Brasil está investindo em boas práticas de segurança de dados, pondera Renato Augusto, gerente de segurança de TI do Bradesco. A prova disso é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que entrará em vigor a partir do ano que vem.
Outra ação, destaca, é uma subcomissão da Febraban criada para promover o modelo de certificação de proteção de dados norte-americano FSSCC (sigla em português para Conselho Coordenador do Setor de Serviços Financeiros) entre bancos e instituições financeiras no Brasil. “Temos de ter processos e controles de segurança simples para aplicar em tecnologias que estão nascendo”, explica Augusto.
Sobre o uso de aplicativos, como WhatsApp e Telegram, por funcionários, Augusto e Muroya garantem que a consciência é a maior aliada da segurança entre integrantes de uma empresa. “Os aplicativos de chat são um caminho sem volta. A questão é o bom-senso dos usuários. A melhor solução é avisar o funcionário que ele pode colocar o emprego e o futuro da empresa toda em risco se não zelar pelos dados da companhia”, diz Augusto.
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