Custos para organizar postes chegam a R$ 20 bi, segundo concessionárias de energia

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Implantação do 5G em grandes cidades pode ser comprometida com as dificuldades de organizar essas novas redes nos postes



Por Redação em 26/05/2022

Os postes, que já são alvo de disputa entre concessionárias de energia e provedores de serviços de Internet, também podem ser utilizados para a implantação de antenas 5G,  mas, devido ao número de cabos que já estão nessa infraestrutura, pode acabar faltando espaço para o equipamento.

De acordo com o jornal O Globo, técnicos de empresas que estão instalando antenas de 5G relatam dificuldades para achar espaço em postes de grandes cidades. Os exemplos listados são Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza (CE) e Recife (PE) e as principais vias das metrópoles como elas concentram os principais entraves.

Segundo as concessionárias de energia, o custo para organizar postes seria superior a R$ 20 bilhões. Esse valor estaria a cargo das empresas de telecomunicações, na visão das concessionárias. Já as operadoras e provedores dizem que o custo cabe às empresas de energia, pois as empresas de telecom já pagam uma taxa para utilizar os espaços nos postes.

Disputa se arrasta com altos custos para organizar postes

O problema dos postes não é novo. Há anos empresas de telecomunicações e entidades que representam a classe defendem que haja uma melhor gestão do espaço nos postes de energia. Quem tenta mediar a situação são a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que buscam criar uma resolução conjunta para sanar a questão. Para isso, as empresas realizaram uma consulta pública, encerrada recentemente, que resultou em mais de 574 contribuições, as quais as agências têm até seis meses para analisar.

Com a chegada do 5G, o problema se agrava porque é necessário mais infraestrutura de telecom (antenas e cabos) para que o sinal possa ser transmitido com eficiência. A expectativa era de que os postes fossem aliados nesse processo, cedendo espaço para os equipamentos.

Segundo a Anatel, está em estudo o desenvolvimento de um “plano prioritário” para arrumar de 2% a 3% dos postes com superlotação por ano — o que, nas contas de empresas de telecom, poderia custar entre R$ 400 milhões e R$ 600 milhões anuais. A ideia é fazer de forma escalonada para minimizar o impacto financeiro e riscos ao funcionamento das redes de energia e de telecomunicações já instaladas.

A Aneel afirmou em nota que o objetivo é criar condições gerais de ocupação dos postes, corrigir situações irregulares e estabelecer condições de preço para utilização do espaço e regular o acesso.



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