A Embratel já tem planos sobre como pretende usar o 5G. A companhia enxerga que a implementação da nova geração de telefonia celular vai dar espaço para trabalhar computação de borda, nuvem, virtualização de redes, análise de dados, cibersegurança e Internet das Coisas (IoT). Este último item é a menina dos olhos para a empresa, principalmente em negócios no sul do Brasil.
A estratégia foi apresentada por Maria Teresa Lima, diretora-executiva da Embratel para Governo, que participou do evento Inovatic Sul no mês passado. De acordo com ela, os projetos de IoT já podem até começar, já que o 4G de hoje permite que as empresas adotem algumas soluções já consolidadas. A executiva acredita que a IoT vai ajudar as empresas a se transformarem e alcançar melhores resultados.
Mas casos de uso utilizando o 5G já estão sendo realizados. Na fábrica da WEG em Jaraguá do Sul (SC), fabricante de motores e grupos geradores, o 5G já vem sendo testado para projetos de robótica, automação de processos e reconhecimento facial. A solução já auxiliou o desenvolvimento do projeto de um avião em 3D, segundo Maria Teresa.
“Também começamos a testar o uso de 5G em um centro cirúrgico de São Paulo. Nesse caso, a ideia é não só testar em centro cirúrgico, mas também utilizar para treinamento e aprendizado”, disse. Além disso, a Embratel quer usar a tecnologia de banda larga móvel para ações sociais de educação e jogos eletrônicos em Paraisópolis, comunidade na cidade de São Paulo.
Embratel conta com parcerias para projetos 5G
A empresa também aposta em parcerias para tocar os projetos. Em março, a Embratel realizou um evento sobre cidades inteligentes junto ao Parque Tecnológico de Itaipu e a Sanepar, com apoio da Microsoft. Ainda em cidades inteligentes, a companhia se uniu às instituições de ensino superior Facens e USP para desenvolver tecnologias como semáforos inteligentes, mobilidade urbana, controle de poluição e serviços de segurança.
Já no agronegócio, a Embratel conta com a parceira John Deere, fabricante de equipamentos agrícolas, para ampliar a cobertura de internet em projetos na área. Em outra frente, em Goiás, a empresa desenvolve testes usando drones e inteligência artificial para mapear a produção e avaliar consumo de água e fertilizantes.