A partir de uma adaptação de estudos da Meta, a empresa Rural Wireless Brazil Telecom (RWB) começa a implementar o processo de cobertura de conectividade na zona rural brasileira. A iniciativa, ainda incipiente, visa ser uma aliada das operadoras ao ajudá-las a cumprirem as obrigações regulatórias nas regiões mais afastadas.
De acordo com o site Teletime, a RWB negocia com as operadoras para prosseguir com os testes usando a tecnologia em 625 comunidades selecionadas pela Anatel e IBGE. Os benefícios da implantação dessa tecnologia conversam com a realidade da região e com as atividades nela exercidas. Pela proposta, a velocidade de resposta de internet vai ser maior, com expectativa de 2 Mbps em uploads e 5,5 Mbps em downloads, de acordo com os testes.
A falta de cobertura se torna um problema à medida que limita o acesso a serviços essenciais que envolvem a telemedicina, educação e informação, por exemplo.
Desafios logísticos, além da cobertura em zona rural
O projeto também pode beneficiar o produtor rural à medida que possibilita o monitoramento – através da inteligência artificial – das produções agrícolas e análise de indicadores como o PH do solo, salinidade e umidade. Com dados mais precisos, a gestão do negócio também pode ser mais eficiente e produtiva.
Outro objetivo da empresa é fornecer uma cobertura maior a portos marítimos e estradas e rodovias, a fim de tornar o escoamento da produção de alimentos e commodities mais fluido.
De acordo com o vice-presidente da ABRALOG, Luiz Antônio Rêgo, o transporte é um dos três principais desafios do agronegócio, devido a fatores como a matriz ferroviária corresponder a apenas 15% do total dos transportes realizados em um país com as dimensões territoriais do Brasil. Ele também destacou a competição por vagas entre navios de diferentes segmentos nos portos, ocasionando filas. A cobertura, portanto, pode possibilitar o apoio aos motoristas, além do controle de carga, nos 18 mil quilômetros de rodovias sem conectividade sem fio.