A escalada do open finance para o compartilhamento de informações de clientes e instituições financeiras, mediante consentimento, terá destaque durante o Febraban Tech, evento de tecnologia financeira que acontece de 27 a 29 de junho, em São Paulo (SP), com parceria de mídia do Próximo Nível.
De acordo com a organização do evento, o open finance já superou a marca de 26,5 milhões de consentimentos para o compartilhamento de dados pessoais e bancários em apenas dois anos. Em volume de implementação, o Brasil está prestes a se tornar o maior case global de open banking, superando o Reino Unido.
Como confirmação do avanço do open finance, em uma live do Estadão, Ivo Mósca, conselheiro da Febraban na Governança do Open Finance e superintendente de Relações e Inovações Regulatórias do Itaú Unibanco, declarou que já são mais de 15 milhões de clientes únicos que aderiram ao open finance no Brasil.
Open Finance e a geração de valor para o cliente
Ricardo Gelbaum, conselheiro da Associação Brasileira de Bancos (ABBC) na Governança do Open Finance e diretor institucional do Banco Daycoval, por sua vez, destacou que, quando foi construída a governança e a estrutura do Conselho na ABBC, juntaram-se bancos, bancos de investimento, bancos de cooperativa, bancos estrangeiros, instituições de pagamentos e fintechs. “Teve uma pluralidade que faz parte da agenda BC+ e depois BC#, com o intuito de inclusão”, explicou. A agenda BC# é a atualização da agenda BC+, que foi uma pauta de trabalho centrada na evolução tecnológica para desenvolver questões estruturais do sistema financeiro.
Para Gelbaum, essa pluralidade tornou o Brasil um benchmark de inovação, com o pix, o cadastro positivo e o open finance. “São ações que beneficiam os bancos e a sociedade como um todo”, apontou.
A mais recente publicação da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária afirma que o open finance beneficia o cliente quando as instituições conseguem projetar as melhores soluções. “Junto à competição, existem oportunidades de gerar valor, por meio do aumento da base de clientes, das vendas de outros serviços e produtos a eles, da definição mais inteligente de preços e da possibilidade de construir um melhor relacionamento, conforme o contexto e o momento de vida do cliente”, destacou.
Nesse contexto, a pesquisa revelou que 75% das instituições identificam a possibilidade de melhorar a oferta de produtos financeiros por meio do open banking.
Sobre a adesão dos clientes ao novo padrão, cerca de 80% dos bancos que participaram da pesquisa Febraban responderam que pelo menos 10% da base já aderiu ao Open Finance. A projeção é que a porcentagem seja maior em 2023.
Experiência de consumo
A escalada do open finance está relacionada à experiência dos clientes, que ainda é fator determinante para a escolha da instituição bancária. Nesse contexto, a interoperabilidade proporcionada pelo open finance deve ser uma aposta cada vez maior das instituições financeiras, que devem oferecer mais canais integrados de atendimento (omnichannel)
O posicionamento estratégico das instituições bancárias também pode se dar na oferta de serviços além dos tradicionais, como marketplaces, que oferecem jornadas mais completas aos clientes. De acordo com a Febraban, isso pode resultar em novas fontes de receita e maior satisfação dos consumidores.
Open finance na Febraban Tech 2023
O open finance será assunto de destaque logo no primeiro dia da Febraban Tech 2023. Perguntas como: quais são as parcerias ideais para ampliar as receitas e clientes, e qual o papel de conceitos como Banking as a Service (BaaS) e Embedded Finance neste novo cenário, serão abordadas.
O painel “Open finance e a evolução dos serviços agregados” está programado para iniciar às 13h30, e contará com nada menos que Helen Child, CEO e fundadora da Open Banking Excellence (OBE).
Matheus Rauber, assessor sênior no Departamento de Regulação do Banco Central do Brasil; Ísis Galote, gerente de Estratégia do Itaú Unibanco; e Cristina Pinna, diretora de Engenharia de Sistemas do Bradesco; também participarão do painel, que terá mediação de Gustavo Paul, diretor-adjunto de Comunicação da Febraban.
Outro painel da trilha será o “Realtime analytics aplicada a antifraude em serviços financeiros, como o pix”, que terá Fabio Hashimoto, da Logicalis, entre os palestrantes. Ainda nesta trilha, vale a pena acompanhar a palestra “Sociedade digital, banco digital”, que será mediada por Mona Dorf e abordará a maturidade de sistemas versus evolução bancária.
Para discutir o assunto, os convidados são: Curt Zimmermann do Nex, Fernando Kontopp do iti/Itaú Unibanco e Tushar Parikh, do TCS.
O Próximo Nível faz a cobertura completa da 33ª edição do Febrabran Tech, acompanhe.