O uso e a adoção de universos digitais no mundo virtual foi tema da primeira edição do Expo Metaverso, considerado um dos primeiros eventos sobre o tema e organizado recentemente no Brasil. Desenvolvido pela Meta4Chain, empresa que faz parte do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e pela ABMETA, o Expo Metaverso reuniu especialistas renomados no mercado, como Dan Burgar, Thomas Hessler e Gene Kogan, além de empresas de tecnologia durante 18 e 19 de novembro, em Porto Alegre (RS).
Com 31 palestras e 49 convidados, as principais discussões giraram em torno das tecnologias indispensáveis para habilitar e popularizar metaversos na internet, caso do 5G e da inteligência artificial.
Metaverso no Brasil
O termo metaverso começou a ganhar popularidade logo após o Facebook anunciar que está desenvolvendo um universo digital. Embora o conceito já exista em outros projetos, a adoção de mundos virtuais deve crescer significativamente nos próximos anos.
De acordo com projeção do Goldman Sachs divulgada pelo Metrópoles, o valor de mercado do ecossistema de metaversos atingirá US$ 8 trilhões nos próximos oito anos.
Em nota ao Tecnopuc, o presidente da ABMETA, Flavio Mayerhofer, explicou que os metaversos representam apenas uma parte do que ele chama de “futuro digital” da internet. Segundo ele, os universos digitais devem fazer parte de vários setores, envolvendo desde a educação até experiências digitais relacionadas ao mercado da moda. “Conhecer as perspectivas desse futuro digital, e o Metaverso é só uma parte dele, é fundamental para protagonismo no processo. Educação, saúde, agronegócio, varejo, moda… as possibilidades de evolução são infinitas, com potencial de ganhos exponenciais”.
Universos digitais vão além das redes sociais
O mercado prevê o aumento da adoção de universos digitais com grandes empresas apostando em plataformas de realidade virtual e aumentada. A primeira Expo Metaverso teve apoio de empresas de tecnologia e as palestras foram divididas em dois painéis: Expo Talk e Expo Main.
No Expo Talk, especialistas discutiram sobre o uso de metaversos em outros setores. No primeiro dia do evento, os convidados Taylor Freeman e Flavio Mayerhofer apresentaram ideias sobre como o setor da educação pode integrar o metaverso, na palestra “Metaverso e educação”.
Em entrevista, o presidente da ABMETA orientou que o conceito não pode ser resumido a apenas o uso de plataformas de redes sociais. “Existe uma confusão. A gente entra muito em plataformas de redes sociais e o metaverso é muito mais que isso. [Precisamos entender] também porque precisamos de tanta infraestrutura, porque o 5G é tão importante. O evento visa justamente isso: nortear para a gente entender melhor todo esse processo”.