O avanço de crimes cibernéticos tem gerado preocupação não somente aos consumidores, mas também às empresas. De acordo com um estudo da Juniper Research, fraudes em anúncios digitais podem gerar prejuízos de R$ 500 bilhões às empresas nos próximos anos, principalmente porque os criminosos estão usando técnicas cada vez mais sofisticadas de inteligência artificial, que imitam e maximizam o comportamento humano. A finalidade é enganar pessoas e empresas anunciantes drenando budgets de mídia, em alguns casos.
Para Tamirys Collis, gerente de marketing LATAM da TrafficGuard, o ponto-chave é que as equipes de segurança geralmente pensam em como combater cibercrimes com estratégias-macro, deixando passar áreas mais vulneráveis das empresas, como o marketing, por exemplo.
Em declaração oficial, conforme noticiou a TI Inside, Tamirys destacou o fato de haver o direcionamento de investimentos em sistemas, firewalls, autenticação em dois fatores, criptografia e na prevenção de intrusões para combater fraudes digitais. No entanto, o tráfego digital inválido custa às empresas cerca de US$ 100 bilhões (R$ 500 bilhões).
Prevenção como alternativa
De acordo com Collis, no caso das marcas que investem em mídia online, é essencial fazer o monitoramento constante e a prevenção de tráfego inválido nos anúncios digitais. Além do desgaste financeiro, as empresas vítimas dessas fraudes perdem em desempenho, estratégias de growth e aquisição de novos usuários.
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Nesse sentido, sem o conhecimento necessário para a otimização de campanhas online, empresas correm o risco de ser direcionadas para estratégias que utilizam cliques fraudulentos, por exemplo. Como resultado ocorrem baixa conversão, tráfego inválido e receitas cada vez menores.
A automatização (robôs) também pode oferecer riscos às empresas. Da mesma forma que a tecnologia pode ser utilizada para otimizar, com más intenções, pode causar danos às empresas e aos consumidores.
Segundo Tamirys, o índice de fraudes em anúncios digitais aumentou 300% em quatro anos. Os cibercriminosos usam bots, fazendas de cliques e outros métodos fraudulentos que imitam o comportamento humano, contabilizando cliques, impressões e até conversões de anúncios, gerando, entre outras consequências, um arcabouço de dados poluídos.