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Gestão pública precisa se preparar para cidades inteligentes

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Falta de capacitação pode ser um entrave para o desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil



Por Redação em 02/01/2023

Especialistas apontam que a gestão pública precisa se capacitar para fomentar o desenvolvimento de cidades inteligentes. Sem uma formação voltada para a melhoria de espaços públicos e privados, o conceito de cidade inteligente pode enfrentar dificuldades para ser implantado em uma determinada localização.

Mas, além da falta de capacitação da gestão pública sobre iniciativas relacionadas às smart cities, a diretora executiva de governo da Embratel, Maria Teresa Lima, destaca outros fatores que podem retardar esse desenvolvimento, em entrevista ao Valor.

Em sua visão, os municípios precisam desenvolver uma cultura digital que permitirá o uso de soluções tecnológicas para a população. A diretora executiva explica, ainda, que falta conhecimento técnico dos gestores públicos, e que outro gargalo é a  inexistência de interconexão entre as estratégias de tecnologia desenvolvidas para cidades inteligentes.

“Para facilitar a parte mais operacional dos projetos nas cidades, o governo federal publicou o Mapa de Governo Digital, que pode servir de orientação para os municípios.” Maria Teresa disse ainda que já existem modelos de implantação de recursos para cidades inteligentes que podem ser usados por gestores públicos. 

Cidade inteligente e gestão pública

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Cidades inteligentes são conhecidas por oferecerem melhorias para a população, usando a conectividade do 5G para aprimorar tecnologias que possam beneficiar desde o trânsito até serviços públicos, como saúde, educação, fornecimento de energia elétrica e coleta de resíduos sólidos, entre outros.

De acordo com a empresa de consultoria Technavio, o mercado de cidades inteligentes pode movimentar US$ 2,1 trilhões em 2024, e os gestores públicos precisam se capacitar para desenvolver atividades relacionadas ao conceito de uma cidade planejada para os cidadãos.

Segundo entrevista ao Valor do gerente de desenvolvimento de negócios do CPQD, Mauricio Casotti, o desenvolvimento de cidades inteligentes não é restrito somente à gestão pública.

Além do acompanhamento de prefeituras e órgãos municipais do projeto, é necessário desenvolver negócios capazes de promover o crescimento dessas localidades após a implantação de soluções inteligentes.

“Uma cidade inteligente não se concentra apenas na prefeitura ou em uma empresa. Ela precisa de um ecossistema de negócios que ajude o município a crescer.”

O conceito de cidade inteligente pode estar relacionado também à organização da gestão pública em relação à implantação de inovações tecnológicas. Em Santa Catarina, por exemplo, existe um consórcio de inovação tecnológica chamado Ciga, que abrange 300 municípios do estado.

O consórcio foi criado para realizar compras conjuntas de equipamentos, produtos e serviços relacionados à tecnologia. Dessa forma, busca reduzir os custos em licitações de tecnologia que envolvem os 300 municípios que fazem parte da associação, realizando compras conjuntas, o que permite mais margem de negociação de preços com os fornecedores.
Nesse artigo, você pode conferir quais são as cidades inteligentes que apostam em inovação tecnológica no Brasil.


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