Uma das consequências da transformação digital tem sido o aumento de riscos cibernéticos. Segundo relatório da Associação de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o Brasil sofreu mais de 16,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos na primeira metade de 2021, sendo o 5º maior alvo de crimes digitais no mundo nesse período.
O estudo aponta que o uso de tecnologias como nuvem e Inteligência Artificial (IA) devem trazer fortes avanços para garantir a segurança. “Enquanto a nuvem democratizou o acesso à segurança, a IA atua aumentando a capacidade de responder, dinamicamente, a incidentes”, destaca o material.
Essas soluções podem detectar a invasão e diminuir o tempo de permanência – período de tempo que um invasor cibernético tem domínio livre em um ambiente. Segundo a Brasscom, em dezembro de 2019, na Europa, o tempo de permanência era de cerca de 177 dias, e invasores foram descobertos em apenas 44% dos casos, devido à violação de dados ou outros problemas. Utilizando técnicas de IA, o tempo de permanência foi drasticamente reduzido.
Mudança de cultura e gestão de riscos
Além de tecnologias para promover a segurança, a Brasscom também destaca a importância de as organizações promoverem uma mudança cultural. O relatório ressalta que as vulnerabilidades são, muitas vezes, decorrentes de mau uso dos recursos e, por isso, é necessário que as empresas invistam em informação, educação, esclarecimento e treinamentos para funcionários.
Outro ponto fundamental é a adoção de boas práticas de governança para gestão de riscos. Isso inclui infraestrutura, políticas e metodologias, considerando a tecnologia disponível e a dimensão dos possíveis danos. De acordo com o estudo, as estratégias de segurança da informação deverão receber investimentos de R$ 46,7 bilhões entre 2022 e 2025, com uma taxa de crescimento de 10% ao ano.