Consumo crescente de streaming deve alavancar mercado de redes de distribuição de conteúdo
No mundo todo, até 2021, o tráfego de vídeo IP deve ser responsável por 82% de todo o tráfego da internet. As produções ao vivo responderão por 13% de toda circulação de vídeo e o consumo sob demanda, ou video on demand (VoD), deve praticamente dobrar, segundo pesquisa da Cisco. No Brasil, os dados também impressionam.
Levantamento da Provokers em parceria com o Google Brasil e o YouTube apontou que 56% das pessoas com acesso à internet e TV preferem os vídeos online. Além disso, a média de horas que o brasileiro gasta com streaming semanalmente cresceu 90,1% em três anos. A média, que hoje é de 15,4 horas por semana, era de apenas 8,1 horas em 2014.
Mas como suportar esse crescimento para que os consumidores tenham acesso a vídeos de qualidade?
As redes de distribuição de conteúdo – Content Delivery Network (CDN) – são uma solução e, por isso, devem crescer nos próximos anos. Até 2021, elas serão responsáveis por 71% de todo o tráfego global de conteúdo da internet. Essa rede funciona como uma espécie de “teia” que armazena dados de forma regional para garantir agilidade na entrega do conteúdo a dispositivos de diferentes partes do planeta.
Esse novo mercado deve aumentar de 6 bilhões de dólares, em 2016, para 23,22 bilhões de dólares, em 2021, com uma taxa de crescimento anual de 30,9%, segundo dados da Research and Markets.
Transmissão de qualidade
Atenta à alta demanda, a Embratel lançou a Cloud Video Delivery (CVD), solução para entrega de vídeos pela internet. A CVD mantém réplicas em 19 pontos de distribuição com capacidade superior a 800 Gbps para suportar grandes volumes de acessos simultâneos. Com isso, o conteúdo é transmitido rapidamente ao usuário por percorrer um menor caminho dentro da rede. Por um portal, a empresa acompanha dados estratégicos, como os vídeos mais acessados e as localidades.
A CVD é ideal para companhias de comunicação, educação ou serviços de streaming, que precisam de uma solução escalável. O NOW, serviço de vídeo sob demanda da NET e Claro HDTV, já usa a tecnologia. “A solução garante uma experiência melhor ao usuário final, que não está mais disposto a ver vídeos com baixa qualidade”, diz Mário Rachid, diretor executivo de soluções digitais da Embratel. Além de otimizar o consumo de servidores, a solução reduz gastos em infraestrutura de TI.
Publicado em: Exame - 06/12/2017