Direcionar e garantir a conectividade para fins pedagógicos em todas as escolas públicas de educação básica do país é o propósito do programa Escolas Conectadas, lançado pelo Governo Federal. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o programa ainda prevê apoio não só para aquisição de novos equipamentos, assim como a melhoria dos dispositivos que já fazem parte do inventário das escolas.
Atualmente, o Escolas Conectadas está em fase de implementação. Cerca de 100 mil escolas públicas em todo o Brasil já aderiram a ele e, até 2026, cerca de 138,3 mil escolas públicas da educação básica no Brasil devem fazer o mesmo. O investimento estimado nesta etapa é de R$ 6,5 bilhões do governo e cerca de R$ 2,3 bilhões provenientes de outros eixos.
Para o MEC, o uso da tecnologia é uma iniciativa que pode contribuir para a qualidade do ensino no Brasil. Por isso, a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas foi entendida como uma necessidade para a sociedade atual, que cada vez mais é impactada pela evolução tecnológica e a cultura digital. Uma realidade que, segundo o MEC, “impõe um desafio de democratização das relações sociais a partir da perspectiva da cidadania e da inclusão digital”.
O Programa está planejado para ser desenvolvido em três fases: Indução, Expansão e Sustentabilidade. Cada uma das etapas tem metas estabelecidas, entre elas, atendimento a escolas rurais e urbanas, e a velocidade pretendida para cada instituição de ensino público.
Navegue pelo menu abaixo para entender melhor os detalhes do Programa.
- Objetivos do Escolas Conectadas
- Políticas educacionais
- Critérios do Escolas Conectadas
- Educação Conectada em áreas rurais
- Medidor do Programa
Objetivos do Escolas Conectadas
O MEC estabeleceu dois principais objetivos para atender ao programa:
- Definir a conectividade adequada para cada escola. A partir disso, o MEC deve garantir o uso pedagógico da tecnologia em todas as salas de aula, uma vez que a tecnologia e a educação caminham de forma mais próxima do que em outros momentos.
- Coordenar recursos e atores do Governo Federal envolvidos no tema, com a finalidade de garantir como prioridade conectar todas as escolas da rede pública da educação básica do Brasil até 2026.
De acordo com o MEC, a conectividade adequada para fins pedagógicos resulta na realização de atividades tanto pedagógicas como administrativas, de forma online. Além disso, permite o uso de recursos tecnológicos na educação, com o acesso a áudios, vídeos, jogos e até mesmo plataformas de streaming com intencionalidade pedagógica.
Já a conectividade deve ser suprida com a disponibilidade de rede sem fio, tanto em sala de aula quanto em bibliotecas, laboratórios, salas de professores, áreas comuns e demais setores administrativos.
Políticas educacionais
O Ministério da Educação reuniu políticas educacionais para garantir a colaboração e a superação das metas estabelecidas pelo programa Escolas Conectadas. Nesse sentido, combinam-se basicamente duas tarefas:
- Garantir que todos os alunos tenham acesso às diferentes formas de tecnologia. Em contrapartida, que tenham uma formação suficientemente capaz de lhes permitir desenvolver o uso de forma consciente, autônoma e socialmente referenciada.
- Garantir que os processos de gestão sejam desenvolvidos no processo de ensino-aprendizagem e que eles possam ampliar a qualidade e a potência, por meio do uso consistente e contextualizado de tecnologias digitais.
Diante da desigualdade social brasileira, as políticas do Governo Federal ancoram um regime de colaboração e permite a coordenação de esforços dos Municípios, dos Estados e do Distrito Federal, além da assistência técnica e financeira da União.
O MEC espera uma visão sistêmica que combine o investimento na infraestrutura escolar e uma estratégia contínua de estímulos e fortalecimento da transformação digital na gestão pública.
Critérios do Escolas Conectadas
Considerado um programa de inovação, o Educação Conectada engloba o até agora citado Escolas Conectadas e tem protocolos que, segundo o governo, garantem repasses de recursos financeiros às instituições de ensino público do país. Para isso, o MEC faz uma pré-seleção das escolas que podem aderir ao programa e, para isso, se baseia em dados do Censo Escolar.
O passo seguinte fica por conta das secretarias municipais e estaduais que definem, via Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação (SIMEC), se há interesse em que as escolas pré-selecionadas pelo MEC recebam o investimento.
Ou seja, as escolas precisam ser classificadas após análise do Censo e, em seguida, dependem dos posicionamentos das secretarias estaduais e municipais de educação para se tornarem elegíveis ao programa.
Educação Conectada em áreas rurais
O programa Educação Conectada hoje contempla 25 mil escolas localizadas na zona rural. Elas recebem repasses financeiros da União para a contratação de serviço que garanta o acesso à internet, implantação de infraestrutura para distribuir o sinal nas escolas e aquisição ou contratação de dispositivos eletrônicos. Em 2019, somente escolas urbanas foram beneficiadas.
As escolas rurais que já recebem do MEC conexão via satélite podem utilizar o repasse financeiro para a compra de equipamentos de conectividade, como roteador e no-break, ou mesmo contratar serviço de cabeamento para expandir o fornecimento de internet dentro da própria escola.
Medidor do Programa
Recentemente, o MEC lançou o Medidor Educação Conectada que, em outras palavras, monitora o desempenho da conexão instalada em cada unidade escolar. O software faz a medição da qualidade de conexão e permite que a escola verifique alguns parâmetros da conexão de banda larga.