Tecnologia na educação: veja como o setor de ensino tem acompanhado as tendências

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A constante atualização da tecnologia permite que ela seja aplicada em métodos de ensino que aproximam alunos de professores e instituições



Por Redação em 14/12/2023

Se existem duas áreas que podem caminhar cada vez mais próximas, são as de educação e de tecnologia. A constante atualização de ferramentas tecnológicas permite sua aplicação em métodos de ensino capazes de aproximar ainda mais os alunos de professores e instituições, proporcionar experiências imersivas, viabilizar o ensino híbrido ou remoto, o que facilita o acesso dos alunos às intituições, entre outros diversos benefícios. Imagine, por exemplo, um estudante de medicina acompanhando uma cirurgia de forma remota, ou alunos de geografia e história conhecendo diferentes museus e localidades no mundo.

Todas essas situações estão se tornando possíveis graças ao uso da tecnologia na educação, que também traz vantagens para as instituições de ensino, como a possibilidade de acompanhar individualmente cada aluno e personalizar sua experiência, conforme suas necessidades.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o uso da tecnologia para a educação pode ajudar a melhorar a qualidade do ensino no Brasil, uma vez que ela é reconhecida pelo poder de agregação. Recentemente, o MEC lançou a Política Nacional de Educação Digital (PNED), que estabelece diretrizes para o uso da tecnologia na educação no Brasil. O Plano Nacional de Educação (PNE) também contempla a tecnologia como uma das áreas aliadas para o desenvolvimento do ensino. Segundo o MEC, a tecnologia pode ser usada para tornar a educação mais acessível aos brasileiros, permitindo que alunos de todo o país, independentemente da localização, tenham acesso a recursos educacionais de alta qualidade. 

Política Nacional de Educação Digital

A Política Nacional de Educação Digital (PNED), transformada na Lei 14.533, foi aprovada em meados deste ano (2023). Ela está baseada no desenvolvimento de competências digitais atreladas à educação básica, como o ensino da computação e programação, além de robótica. De acordo com a Revista da Educação, a proposta do governo, ao implementar a Lei, foi abrir um novo mundo digital para os estudantes, inserindo-os neste universo e, consequentemente, no mercado de trabalho. 

A PNED trata de quatro eixos: inclusão digital da sociedade; educação digital nas escolas; ações de capacitação do mercado de trabalho; e incentivo à inovação, pesquisa e ao desenvolvimento, e foi criada com o intuito de fomentar o desenvolvimento das competências digitais dos estudantes brasileiros. Vale ressaltar que a política nacional de educação digital contempla a demanda de democratização do acesso às ferramentas. 

Ambiente escolar e recursos tecnológicos

Com o avanço da tecnologia, pode-se afirmar que novos recursos tecnológicos surgem com frequência, para apoiar o ambiente de ensino e aprendizagem. A educação no século XXI tem influência direta de aplicativos e ferramentas digitais na formação dos estudantes. Confira a seguir alguns deles.

Objetos digitais de aprendizagem

Em maioria, são recursos que apoiam a prática pedagógica dentro e fora de sala de aula. Nessa lista entram os jogos, os simuladores, as videoaulas e as animações, por exemplo. A proposta é de que eles sejam facilitadores no processo de aprendizagem dos alunos. Com métodos diferenciados e que atraem mais a atenção, os objetos digitais são apenas um recorte do uso de tecnologia no setor de ensino. Além disso, permitem que os alunos continuem seus estudos além da sala de aula. 

Plataformas de ensino online

Elas já são parte da realidade brasileira de ensino. Essa evolução foi acentuada pela pandemia de Covid-19, e entrou no setor de ensino de forma definitiva para facilitar a troca de informações e o acompanhamento do percurso de cada aluno. Alguns ambientes virtuais já utilizam softwares inteligentes que permitem a personalização do ensino.

Ferramentas de gestão escolar

Hoje elas já estão mais popularizadas e a maioria delas permite que o educador faça a gestão da “sala de aula”, com recursos que organizam planos de aula e gerenciam o recebimento de tarefas, por exemplo, além de fazer a correção de provas. O intuito é usar estas soluções em funções que, no passado, demandavam muito tempo dos educadores. Hoje, a otimização de tais tarefas permite que os profissionais da educação se dediquem à prática pedagógica e ao planejamento de novos projetos.

Outros recursos tecnológicos que entraram na sala de aula são: ambientes virtuais de ensino e aprendizagem, ferramentas de comunicação entre escola, alunos e famílias, e as ferramentas de trabalho, que evitam que os professores carreguem pilhas de documentos para aulas. Muitas escolas, inclusive, aboliram livros físicos e passaram a usar versões virtuais.

Inteligência artificial (IA) em sala de aula

O uso da inteligência artificial em sala de aula é um dos recursos que mais se intensificou nos últimos tempos. A popularização de apps como o chat GPT, por exemplo, comprova isso. Em setembro de 2023, foram registradas 15,6 milhões de novas instalações. Destas, 9 milhões via Google Play e outras 6,6 milhões pela App Store. A aprendizagem chegou aos smartphones, tablets, e laptops de forma intensa e o setor de ensino se viu forçado a acompanhar esse movimento. 

O uso de IA em sala de aula ainda gera desconforto em educadores que estão acostumados aos métodos mais antigos de ensino. Apesar disso, a pesquisa “Conselho de Classe”, realizada pela Fundação Lemann, evidenciou que 92% dos professores entrevistados acreditam nos benefícios da tecnologia para a educação.

Hoje, a inteligência artificial apresenta benefícios potenciais para estimular alunos em sala de aula. Quando usada da forma correta, ela pode auxiliar no desenvolvimento das crianças, possibilitando um ensino personalizado, que vá ao encontro aos interesses do aluno, levando em consideração suas próprias necessidades.

O uso de IA em sala de aula também pode tornar a educação mais acessível, possibilitando a inclusão de recursos educacionais de alta qualidade. 

Paulo Roberto Boa Sorte Silva, pesquisador da área de Educação com ênfase em inteligência artificial nas Linguagens e na Educação, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), revelou em entrevista para a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, que a inteligência artificial não se refere somente à computação ou à matemática. “Existem contribuições relevantes de outras áreas, como economia, neurociência, psicologia, linguística, engenharia elétrica e filosofia. Por isso, deve ser vista como um campo interdisciplinar que estará cada vez mais presente no cotidiano”, explicou.

A tecnologia como aliada de pesquisas e expansão de conhecimentos

Logo após o início da pandemia de Covid-19 o mundo se viu obrigado a criar alternativas ao ensino presencial. Foi então que muitas iniciativas surgiram para proporcionar aulas online. Naquele momento a Embratel lançou o Embratel Sala de Aula e uma outra solução para mobilidade.

“Na ocasião, os governos estaduais e municipais precisaram de uma medida urgente para resolver essa questão. Apresentamos duas linhas de solução, baseadas na plataforma Embratel Sala de Aula e em Mobilidade, por meio da distribuição de chips, que foram entregues aos estudantes pelo Poder Público”, contou Odélio Horta Filho, Líder de Desenvolvimento de Negócios para Setor Público da Embratel, em entrevista para o Próximo Nível

A plataforma Embratel Sala de Aula conta com vários recursos que viabilizam o ensino remoto. Com Aulas online em tempo real, conteúdos gravados e uma série de ferramentas que atraem o aluno, como conteúdos gamificados, por exemplo, estimulam e ampliam as possibilidades de aprendizagem.

A conexão de alunos à bibliotecas online também estimulou pesquisas em todo o Brasil. Com o apoio da tecnologia, os acessos ficaram mais otimizados, por meio de softwares especializados. Isso também contribuiu para que os alunos expandissem seus conhecimentos.

A importância da tecnologia na educação atual

O cenário educacional atual apresenta desafios e oportunidades para o ensino, uma vez que a necessidade de integrar a tecnologia em sala de aula é um caminho sem volta. De fato, muitos alunos nasceram e cresceram rodeados por ambientes digitais, tendo a tecnologia presente em diversos aspectos.

É sabido que a tecnologia pode fornecer novas ferramentas para a criação de conteúdo e a colaboração entre os alunos. Os aplicativos e as plataformas digitais de ensino estão aí para comprovar este novo momento. A tecnologia virou uma tendência na educação e hoje está presente em salas de aula, da educação infantil ao ensino superior e especializações. 

Outro ponto importante que a tecnologia está assimilando é a questão da acessibilidade das pessoas com deficiência à educação, com diversos recursos tecnológicos a favor do estudante e da instituição de ensino, uma vez que essas organizações precisam prover a acessibilidade metodológica e digital.

Apesar de o cenário ter mudado muito em um curto espaço de tempo, a tendência é de que a educação e a tecnologia caminhem cada vez mais próximas, por isso, estarão em constante evolução. 



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