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O 5G deverá trazer várias oportunidades para empresas dos mais diversos segmentos — e não apenas no caso das provedoras de tecnologia. A alta velocidade de conexão aliada à baixa latência permitirá a transmissão de informações de modo muito mais rápido. Com essa tecnologia, várias inovações se tornam viáveis, como veículos autônomos e conectados, eletrodomésticos inteligentes e cirurgias remotas, entre outras.
O tema foi alvo de debates no quinto episódio da série “A tecnologia no próximo nível – a transformação pelo 5G”, uma iniciativa da Embratel com o Estúdio Folha. Durante o encontro, os participantes destacaram o grande potencial de negócios a serem gerados pelo novo padrão de conectividade. Por exemplo, a capacidade de conectar 1 milhão de dispositivos por quilômetro quadrado irá viabilizar a disseminação da Internet das Coisas (IoT), com grande impacto em diferentes negócios.
5G é habilitador de outras tecnologias
De acordo com Marcello Miguel, diretor executivo de marketing e negócios da Embratel, o 5G deverá habilitar tecnologias fundamentais para o desenvolvimento de negócios, como IoT, Inteligência Artificial, Machine Learning e Realidade Aumentada, que consomem grande quantidade de processamento computacional e demandam baixa latência de dados.
“Para o consumidor final, os benefícios serão a velocidade e a possibilidade de mais pessoas conectadas. Para empresas, o 5G será alavancador de transformações digitais que devem resultar em competitividade e eficiência operacional”, disse ele. A melhor conectividade representará um crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“Mais de 70% da produção de cana de açúcar é colhida por máquinas interligadas por IoT. O agricultor não produz só milho, mas sim milho e dados atrelados”, exemplificou Fernando Martins, ex-CEO da Intel Brasil, conselheiro e operating partner de fundos de investimento, para ilustrar o potencial de aplicações do 5G nos mais diversos ramos negócios.
Até 2030, de acordo com a consultoria Bain & Company, o 5G representará 81% de todas as conexões móveis no país. Segundo levantamento da empresa, esse mercado representará R$ 13 bilhões em 2023 e R$ 74 bilhões até o final da década.
Novas soluções
A previsão é de que o 5G comece a chegar nas capitais do país em julho de 2022, mas a tecnologia já está sendo testada por algumas indústrias, como a Gerdau, que participou da discussão, representada por Gustavo França, diretor global de TI e digital da organização. “O 5G é mais que uma conexão, pois viabiliza o conceito de smart factory, conectando diversos elementos que fazem parte das rotinas de fábrica, como pessoas, equipamentos e veículos”, disse.
Atenta aos desafios da conectividade, a “Embratel se posiciona como um grande digital service enabler, para habilitar todas essas soluções dentro da tecnologia maior, que é o 5G, inclusive não só na parte da conectividade e cobertura, mas também de soluções que vêm de nuvem, edge computing, inteligência artificial, machine learning e IoT mais efetivo”, disse Miguel.