A avaliação de que a rede deve estar mais afinada para a indústria 4.0 é de Kam Patel, vice-presidente de desenvolvimento de mercado para data centers da CommScope, em artigo veiculado para a imprensa. De acordo com ele, a digitalização da manufatura não é nova, mas a partir do ano 2000 o processo foi acelerado com o reforço de tecnologias que incluem a Internet das Coisas (IoT) e a chegada da conexão sem fio 4G, mais rápida e que viabilizou a adoção maciça de sensores no chão de fábrica. E, assim, a chamada Indústria 4.0 ganhou terreno.
De acordo com o executivo, a fusão de recursos digitais, físicos e virtuais para criar processos inteligentes que pensam, operam e respondem com mais rapidez e precisão do que os humanos, é uma das características da Indústria 4.0. Ela pode, por exemplo, ajudar os gestores de empresas a controlar e entender melhor todos os aspectos da sua operação, além de permitir o uso de dados instantâneos para aumentar a produtividade, melhorar os processos e impulsionar o crescimento.
O especialista lembra que todas as tecnologias citadas não seriam possíveis sem a conectividade de redes com e sem fio para integrá-las. E mais: para suportar o grande número de dispositivos conectados e o tráfego de dados, a infraestrutura deve atender a alguns requisitos básicos, como simplificar o projeto de rede para permitir implementação e operação mais rápidas, permitir expansão e reconfiguração fáceis para suportar redes convergentes, segmentadas e híbridas. Os desafios incluem ainda o enfrentamento da latência, apontada como o maior problema para o desempenho das aplicações.
Cibersegurança e rede na Indústria 4.0
Patel destaca que as redes da Indústria 4.0 dependem de conexões com e sem fio de alta velocidade e de uma variedade de interfaces de comunicação, além de alterações na arquitetura da infraestrutura, puxada pelo crescimento da conectividade na borda descentralizada. Nesse caso, a tendência é de aumento do alcance das redes cabeadas para além de 100 metros com base nos padrões atuais.
Adicionalmente, a segurança ganha ainda mais destaque com a adoção da Indústria 4.0. Com o uso maior de IoT, aprendizado de máquina, big data e convergência de redes de TI/TO/IP, aumentam também as ameaças de invasão. O tema cibersegurança, em função disso, entra também na pauta das novas redes e fecha a lista de atenção do executivo.