Essa é a avaliação de Luiz Fernando Bourdot, diretor de evolução de tecnologias de rede da Claro. Para ele, a tendência se explica, entre outras coisas, pela ampliação da computação de borda (edge computing), que descentraliza o processamento das operadoras de telecomunicações e as deixa mais próximas de seus clientes.
“O advento de redes privativas é alavancador para fazer isso chegar mais próximo do usuário, para a aplicação mais específica”, argumentou o executivo durante o evento Teletime Tec – Redes & Infra, promovido pelo site Teletime.
Segundo Bourdot, o maior gargalo é a automação de toda a infraestrutura para permitir esse processo de levar a computação mais próxima. Isso afeta, inclusive, aplicações de fatiamento de rede, “uma promessa do 5G que se concretiza com alto grau de automação da rede”. Ele considera que é necessário a modernização do backoffice, trazendo suporte a diferentes gerações.
O especialista da Claro também defendeu que há situações nas quais a conexão satelital acaba sendo complementar em relação às redes privativas. Ele citou como exemplo a infraestrutura implantada em mineradoras, que possuem frotas automatizadas de caminhões gigantes, entre outras características.