O aquecimento global está fazendo com que locais como São Francisco, nos Estados Unidos, adotem medidas para combater as famosas ilhas de calor. Esses fenômenos se formam através do aumento localizado da temperatura e podem ser potencializados com a falta de área verde nas cidades. O alto número de construções e vias completamente asfaltadas também contribuem para o aumento da temperatura nessas regiões.
Em busca de monitorar o surgimento e alcance de ilhas de calor, na cidade de São Francisco, nos EUA, o tráfego de carros está ajudando a monitorar dados desses locais, onde o aumento da temperatura está concentrado.
Tráfego de carros para combater ilhas de calor
As ilhas de calor podem ser entendidas como um fenômeno provocado por cidades altamente urbanizadas. Nessas regiões, pequenas áreas concentram grandes temperaturas, geralmente acima da média do local.
Em São Francisco, a iniciativa Urban Heat Watch, financiada pela National Oceanic and Atmospheric Association (NOAA), busca monitorar os locais atingidos por ilhas de calor. No total, 30 cidadãos de São Francisco fazem parte do estudo e coletam dados que serão usados pelo projeto Urban Heat Watch no mapeamento das regiões de maior incidência de altas temperaturas.
O mapeamento funciona através de sensores de calor, que foram instalados nos veículos dos participantes da pesquisa. Diariamente, eles percorrem caminhos diferentes procurando ilhas de calor e, além da temperatura nas estradas, os veículos podem recolher informações sobre a umidade relativa do ar.
As informações servem para São Francisco mapear quais são as áreas de maior incidência de calor e, assim, a cidade pretende criar ações planejadas de controle da temperatura, como instalação de áreas verdes, por exemplo.
Em entrevista ao Smart Cities World, a administradora da cidade, Carmen Chu, explica que a iniciativa pretende preparar São Francisco para condições extremas de calor, analisando onde a incidência de altas temperaturas é maior.
“Estamos coletando dados locais sobre como diferentes bairros experimentam calor e umidade e, quando sobrepostos ao que sabemos sobre onde nossas populações vulneráveis estão localizadas, se tornarão uma ferramenta poderosa para proteger contra condições extremas de calor.”
A National Oceanic and Atmospheric Association financia o projeto realizado em parceria com o Escritório de Resiliência e Planejamento de Capital, o Departamento de Gerenciamento de Emergências e Departamento do Meio Ambiente e o Departamento de Saúde Pública. O Urban Heat Watch também recebe o apoio das ONG’s Brightline Defense e a Coalizão de Saúde Chinesa.