Enquanto o Banco Central avança na modelagem do real digital, a Transfero traça os planos para quando a moeda digital brasileira estiver em circulação. Especializada em soluções financeiras baseadas em blockchain, a empresa acredita ser viável adotar o real digital como lastro para o BRZ – brazilian digital token, a criptomoeda da companhia.
Em conversa com o podcast Próximo Nível, durante o Web Summit Rio, Thiago Cesar, CEO da Transfero, afirma que não vê grande impacto do real digital na ponta, para o consumidor já acostumado ao PIX, mas espera grandes mudanças provocadas pela infraestrutura construída para suportar o sistema. “Os bancos, por exemplo, poderão emitir versões digitais dos seus depósitos bancários e negociar títulos públicos dentro da plataforma do BC”, pontua.
Cesar também comenta sobre o impacto da tecnologia 5G no mercado de criptomoedas e diz que isso tende a ampliar o número de usuários de criptoativos, porque vai expandir a conectividade no país.
Detalhando os planos de crescimento do negócio e como a Transfero se beneficia do aumento da conectividade, Cesar cita a parceria recém-anunciada com a Wirex, plataforma cripto britânica que viabiliza a transferência entre criptomoedas e moedas fiduciárias utilizando o PIX. Ao integrar com a estrutura de pagamentos da Transfero no Brasil, os usuários poderão usar o PIX para recarregar a conta Wirex, tudo passando por uma rede de banda larga.
Ouça o podcast Próximo Nível, com Thiago Cesar, da Transfero.