A estreia do 5G no Brasil tem trazido muitas dúvidas aos usuários. Alguns termos, como ‘standalone’, ‘non-standalone’, SA, NSA e DSS causam confusão e, não raro, o consumidor acaba sem saber qual serviço, exatamente, está recebendo. Inclusive, a versão non-standalone usa parte da infraestrutura do 4G.
Navegue pelo menu para entender melhor os tipos de 5G e o que cada um deles oferece aos usuários.
Tipos de 5G
Existem duas principais categorias de 5G: o 5G de ondas milimétricas (mmWave), conhecido por sua alta velocidade, e o 5G de frequência abaixo de 6 GHz, que oferece uma cobertura mais ampla. Ambas as variantes buscam aprimorar a conectividade móvel, proporcionando diferentes benefícios em termos de velocidade e alcance.
5G standalone, ou SA
O 5G standalone representa uma arquitetura totalmente independente, sem depender de infraestruturas 4G existentes. Nesse modelo, o 5G opera de forma autônoma, proporcionando benefícios como latência ultrabaixa e maior capacidade. Diferentemente do 5G non-standalone, não há necessidade de integração com redes 4G, permitindo a plena realização do potencial do 5G e a implementação de serviços avançados, como comunicação de máquina a máquina (M2M) e internet das coisas (IoT).
A velocidade potencial do 5G Standalone é de aproximadamente 10 gigabits por segundo e o tempo de latência de 1 a 10 milissegundos. Isso é possível graças ao uso de uma infraestrutura completa de conexão e frequências dedicadas.
Mas, como ele ainda não está disponível em todas as regiões do país (nem em todos os bairros das cidades já contempladas), pode ser que o consumidor, mesmo com um aparelho celular compatível, não consiga – ainda – utilizar esse novo padrão de conectividade.
5G non-standalone, ou NSA
A arquitetura 5G non-standalone é caracterizada por ser uma implementação inicial da tecnologia 5G que utiliza a infraestrutura existente de redes 4G. Nesse modelo, o 5G atua como uma extensão do 4G, proporcionando melhorias na velocidade e capacidade, mas dependendo da rede 4G para algumas funcionalidades essenciais. Isso permite uma transição gradual para o 5G sem a necessidade de uma infraestrutura totalmente nova.
A alta velocidade é possível porque o 5G NSA utiliza frequências e antenas do 5G, apesar de manter os núcleos 4G. Vale explicar que o núcleo é um conjunto de servidores responsável pelo processamento de dados que acontece após o celular se conectar a uma antena.
5G DSS
O termo DSS, que significa Compartilhamento Dinâmico de Espectro, usa somente a infraestrutura 4G. Sua velocidade é menor que as outras tecnologias, com 51,7 megabits por segundo, e latência de 60 milissegundos.
Assim, por ter seu espectro compartilhado com outras tecnologias, o 5G DSS não entrega todo o potencial de uma rede totalmente 5G. Mas, de modo geral, o DSS garante uma experiência melhor para usuários que possuem um celular compatível com o 5G, mas não vivem em áreas com alcance das versões mais rápidas.