Se você acredita que a sua área está em risco, o segredo é “pensar como um futurista”. A dica é de Scott Steinberg, autor de “Think Like a Futurist 2022: The Next Normal” (Pense como um Futurista: O Novo Normal, em tradução livre). O consultor de estratégia indica que é preciso ter consciência da situação em que se encontra e se preparar, principalmente se o seu trabalho estiver concentrado em tarefas rotineiras, que podem ser feitas por uma máquina.
Uma reportagem da Fast Company a respeito, lista três dicas do especialista nesse sentido. Confira:
Seja insubstituível
As tarefas que um computador pode fazer são, em sua maioria, rotineiras, chatas e previsíveis. Steinberg diz que é quando as variáveis aparecem que um ser humano pode entrar em ação e fazer a diferença. Por isso, se quer se preparar para o emprego do futuro, descubra algo que possa fazer que seja considerado essencial e insubstituível no seu trabalho.
O futurista diz que é preciso se destacar de forma muito visível no trabalho, para que as pessoas ao seu redor possam entender o valor que você traz para a empresa. Pode ser a hora de se transformar na figura que inspira criatividade nos colegas de empresa, por exemplo. “Ou, quando surge um problema, talvez seja o mais disposto a assumir o comando e conduzir à solução. Trata-se de encontrar oportunidades para mostrar seus talentos de uma maneira que não pareça arrogante, mas que ajude a apoiar e motivar a equipe.”
Aprimore habilidades no emprego
Um ser humano não deve perder a capacidade de aprendizagem e é por isso que é preciso pensar em quais habilidades serão exigidas no emprego de amanhã. Aproveitar o que Steinberg chama de “habilidades elásticas”, que podem se traduzir em uma variedade de diferentes contextos e indústrias, é o caminho.
O especialista diz que uma maneira de saber o que as empresas precisarão no futuro é olhar os anúncios de emprego. Você também pode aprender habilidades sob demanda, observando atividades de startups, pesquisas acadêmicas e assuntos que estão em alta em conferências e eventos. Faça aulas para expandir suas habilidades ou saia para comer uma pizza com alguém de uma equipe diferente.
“Se você trabalha com marketing, pergunte a si mesmo: ‘como posso me conectar com alguém da equipe de desenvolvimento de softwares para descobrir quais problemas os clientes estão relatando?’”, exemplifica Steinberg. “Trata-se de obter o máximo de informações e, em seguida, pensar em como misturar, combinar e recombinar esses talentos para pavimentar o caminho profissional.”
Andar para os lados ou até para trás
A escada para o sucesso não é, necessariamente, para cima, segundo Steinberg. É mais provável que essa escada esteja quebrada, na verdade. Por isso, a recomendação é estar aberto para dar passos para os lados, no sentido de mudar até de área de trabalho. Claro que isso pode significar uma diminuição de cargo ou de salário (o que poderia ser interpretado como um passo para trás), mas a iniciativa pode permitir a descoberta de novas oportunidades.
Preparar o currículo significa sempre pensar em dois ou três passos à frente. “O engraçado sobre o futuro é que, muitas vezes, parece que as mudanças acontecem de uma hora para outra. Mas elas só parecem vir rápido, mas, na verdade, estão ocorrendo há tempos e nós é que ignoramos os sinais”, reflete Steinberg.
Ele destaca que o problema é a zona de conforto, que deixa as pessoas defasadas muito rapidamente. “Ou surfamos as ondas das mudanças ou seremos arrastados e vamos engolir muita água. Pessoalmente, defendo que as pessoas preparem suas pranchas e vistam seus calções de banho.”