Ranking Connected Smart Cities 2020 destaca São Paulo como a mais inteligente e conectada. Estudo avaliou 673 municípios com mais de 50 mil habitantes.
Uma smart city é projetada para representar um ecossistema urbano inteligente capaz de fornecer resultados sociais sustentáveis. No Brasil, São Paulo é a primeira colocada no Ranking Connect Smart Cities 2020, organizado pela Urban Systems, consultoria em negócios imobiliários e inteligência de mercado.
Vale destacar que a capital paulista apareceu também no ranking Cities in Motion Index (CIMI) 2020, divulgado em julho deste ano, pela IESE Business School (Espanha)
No caso do ranking da Urban Systems, o estudo avaliou 673 cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes. Esses municípios foram avaliados em 11 categorias:
- Mobilidade.
- Urbanismo.
- Meio ambiente.
- Tecnologia e inovação.
- Economia.
- Educação.
- Saúde.
- Segurança.
- Empreendedorismo.
- Governança.
- Energia.
Diferentemente dos dois últimos anos, quando estava longe das primeiras posições do ranking, São Paulo ultrapassou Campinas (primeira colocada de 2019) e Curitiba (no topo em 2018). Neste ano, Florianópolis está em segundo lugar.
Apesar de três das cinco primeiras colocadas do Ranking Connected Smart Cities serem da região Sudeste, o estudo destaca o esforço de Recife em se tornar uma smart city. A capital pernambucana subiu oito posições e ocupa a 15ª colocação em 2020.
O que torna São Paulo uma smart city?
De acordo com o estudo, além do ranking geral, São Paulo se destaca também nos recortes “Tecnologia e inovação” e “Mobilidade”, que impulsionaram a capital para a primeira colocação do ranking.
Abaixo, mais detalhes desses dois recortes sobre São Paulo:
– Tecnologia e inovação:
Neste recorte, São Paulo mostrou ser uma capital de inovação e acesso de infraestrutura tecnológica. A cidade conta com um vasto ambiente de inovação: são três parques tecnológicos e 11 incubadoras de empresas. Já 4,1% de sua força de trabalho está concentrada no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Outros destaques da cidade em “Tecnologia e inovação” são:
- Ter 56,3% das conexões de fibra óptica com velocidade superior a 34 Mbps contra 47,3% em 2019.
- Contar com 85 ligações de internet para cada 100 habitantes (eram 28 em 2019).
- Apresentar 346,1 depósitos de patentes por 100 mil habitantes.
– Mobilidade:
As diversas possibilidades de locomoção, assim como a expansão das linhas de metrô e a construção de novos ramais, ajudaram no ranking geral de São Paulo. O estudo destaca as conexões interestadual e aeroviária, possibilitando o acesso a diferentes cidades, estados e países, e os 400 quilômetros de ciclovias.
Oferecer wi-fi gratuito não basta para ser uma cidade inteligente
Como ressalta o ranking da Urban Systems, há vários conceitos de smart cities, alguns se apoiam no quesito tecnologia e outros em meio ambiente e sustentabilidade. Porém, esse status deve considerar também a conectividade entre todos os setores de uma cidade.
Nesta jornada de se tornar cada vez mais inteligente, uma cidade pode considerar duas normas ISO: a ISO 37122 e a ISO 37120. A primeira estabelece definições e metodologias para um conjunto de indicadores de smart cities. Já a segunda tem o intuito de fornecer um conjunto de indicadores para medir o progresso em direção a uma cidade inteligente.
Com essas normas, os municípios poderão identificar indicadores para desenvolver projetos inteligentes que utilizem dados e tecnologias para:
- Ofertar melhores serviços e qualidade de vida aos moradores, empresas e visitantes de uma cidade.
- Prover um melhor ambiente a partir da adoção de tecnologias e colocá-las ao serviço dos cidadãos.
- Identificar e adotar uma infraestrutura inteligente.
- Facilitar a inovação e o crescimento econômico da cidade.
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Principais destaques desta matéria
- São Paulo é a primeira colocada no ranking de smart cities da Urban Systems.
- Pesquisa avaliou 673 cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes.
- Capital paulista se destacou em recortes como “Tecnologia e inovação” e “Mobilidade”.