As antenas necessárias para o 5G são menores do que as usadas atualmente e têm a dimensão média de uma caixa de sapato, de acordo com a Conexis, associação que representa as operadoras Algar, Claro, Oi, Sercomtel, Tim e Vivo. No entanto, conforme a Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp), a infraestrutura necessária é de cerca de cinco vezes mais do que a existente para o 4G.
Conforme explicou à Folhapress o presidente-executivo da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa da Silva, a quantidade de antenas a serem instaladas depende de diferentes fatores, entre eles densidade populacional (regiões densamente povoadas demandam maior infraestrutura) e elementos geográficos, como a presença de túneis e morros. Além disso, as instalações existentes precisarão ser substituídas, pois não é possível adaptar os equipamentos existentes para uma velocidade maior.
Consumo de energia será menor
Apesar da necessidade de maior infraestrutura, o 5G consegue transportar dados com um consumo de energia mais eficiente do que no 4G. No entanto, para a instalação de novos equipamentos, alguns cuidados serão fundamentais, pois existe uma nova malha de cabeamento a ser instalada.
“Quando comparamos o nosso investimento com o de outros setores de infraestrutura, vemos que ele é limpo. Estamos falando em passar no país um cabeamento robusto. Nos centros urbanos, é preciso furar calçadas para passar um duto, mas isso não se compara a investimentos que cruzam, por exemplo, uma reserva florestal”, disse Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis, em entrevista à Folhapress.
Segundo ele, ainda é cedo para ter uma estimativa exata do impacto do consumo de energia para a implementação do 5G, mas todas as operadoras atendem a compromissos ambientais.
Além disso, existe a expectativa de redução no desperdício de energia quando outros aparelhos além de celulares, tais como máquinas agrícolas, estiverem conectados ao 5G.