A chegada do 5G a algumas cidades brasileiras está mostrando que existe um verdadeiro descompasso entre a tecnologia e as leis municipais. Em algumas localidades, a instalação de uma simples antena pode levar de seis meses a um ano para ser aprovada, que se transforma em um verdadeiro desafio para o avanço da tecnologia.
De acordo com a Conexis (sindicato que representa empresas de telecomunicações), apenas 2% dos municípios têm normas que permitam ligar o sinal de 5G de maneira fluida, e somente 13 das 27 capitais estão adequadas.
A questão é que as legislações que estabelecem tais critérios entraram em vigor entre o final dos anos 1900 e o começo dos anos 2000, quando a telefonia móvel ainda era uma novidade no Brasil. Ou seja, existe um grande descompasso entre o arcabouço normativo e a velocidade exigida para a difusão do 5G.
Cibersegurança também é um dos desafios do 5G
Além da necessidade de acelerar a infraestrutura necessária, uma reportagem do Valor cita outras questões que precisam ser resolvidas para o bom funcionamento do 5G.
Uma delas é a fabricação de semicondutores, que serão cada vez mais necessários com a hiperconectividade. De acordo com o Ministério da Economia, as vendas atuais de semicondutores no Brasil alcançam US$ 1 bilhão, mas a previsão é que cheguem a US$ 5 bilhões em 2026 e US$ 12 bilhões em 2031.
Por fim, a infraestrutura de segurança também é um dos desafios do 5G. Afinal, com a maior conectividade, empresas, órgãos públicos e mesmo cidades inteiras ficarão mais expostos aos riscos.