A cidade do Rio de Janeiro está implantando uma nova estratégia de segurança para a orla oceânica. De acordo com a Polícia Militar (PM), câmeras de reconhecimento facial serão instaladas no percurso de 40 quilômetros da orla, que abrange a área entre as praias do Leme e Guaratiba.
As câmeras de reconhecimento facial instaladas já estão em funcionamento, segundo o secretário estadual da PM, coronel Luiz Henrique Marinho Pires. De acordo com ele, os equipamentos já estavam em operação durante a festa da virada de ano, nas praias de Copacabana, Arpoador e Barra da Tijuca.
O sistema de reconhecimento conta com todo apoio tecnológico e deve ser estendido para outras áreas, como o monitoramento do trânsito na cidade, por exemplo.
Projeto de câmeras de monitoramento facial no Rio
Para a PM, o objetivo do projeto que prevê a instalação de câmeras de monitoramento facial no Rio é reconhecer suspeitos de crimes e pessoas procuradas pela polícia. A expectativa é de que as câmeras sejam instaladas em toda a orla, até junho deste ano (2024).
O projeto ainda contempla a instalação de câmeras de monitoramento nos túneis de acesso às praias e nas vias expressas Linha Amarela e Linha Vermelha.
“Essas imagens vêm para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e para as salas de operações dos batalhões, para a gente ter velocidade de resposta”, justificou o secretário da PM.
Primeiros resultados
Durante a festa da virada de ano em Copacabana, a Polícia Militar do Rio de Janeiro registrou a primeira prisão com o apoio das câmeras de monitoramento facial. Um homem, que tinha mandado de prisão por tentativa de homicídio em aberto, foi preso ao ser reconhecido pelas câmeras.
Segundo informações da PM a tecnologia deve ser usada também durante o carnaval do Rio. Em princípio, o entorno do Sambódromo será monitorado, assim como outros pontos da cidade onde houver concentração de foliões.
“Temos um sistema que pode ser empregado de forma volante. A gente já tem um corredor previamente definido, que é o da [avenida Presidente] Antônio Carlos [no centro], onde desfilam os grandes blocos”, afirmou o coronel Luiz Henrique Marinho Pires.