crescimento mundial

Com pouca inovação, crescimento mundial estagnou, mostra estudo

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Estudo produzido pela FDC e World Economic Forum levou em consideração a inovação como pilar estruturante para a sustentabilidade, a resiliência e a inclusão



Por Redação em 23/02/2024

O Relatório “O Futuro do Crescimento 2024” elaborado pela Fundação Dom Cabral (FDC) em parceria com o World Economic Forum (WEF) mostrou que a economia mundial parou de crescer, e um dos motivos disso é a falta de inovação. Para os produtores da pesquisa, a nota baixa em inovação, um dos pilares do estudo, é “alarmante” porque este tema pode comprometer o desempenho nos três restantes: sustentabilidade, inclusão e resiliência.

Segundo Hugo Ferreira Braga Tadeu, professor e diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC, o crescimento não se reduz ao PIB e é medido por outros aspectos como investimentos, competências humanas e inovação. Nesse sentido, é importante encontrar maneiras de melhorar a performance global, uma vez que a taxa média de crescimento anual do PIB caiu no período de 1991 a 2022.

Inovação como motor de crescimento

“A FDC e o WEF têm a crença de que a inovação é o motor da inclusão, da resiliência e da sustentabilidade. Inovação gera crescimento”, afirmou o executivo. 

Nesse pilar, a média global ficou em 45.2, com destaque positivo para países ricos como Suíça (80,37), Singapura (76,43) e Suécia(74,92). O Brasil obteve pontuação abaixo da média global, somando 41,81 pontos. Variando negativamente também estiveram o Iêmen (17,98), Angola (17,97) e Congo (21,88).

Desempenho brasileiro

No geral, o Brasil manteve suas pontuações próximas às da média global. Mas, dos quatro quesitos, o país se saiu melhor em sustentabilidade.

Embora não tenha apresentado um resultado elevado, o Brasil pode potencializar o seu crescimento frente às macrotendências a partir dos destaques positivos que conquistou, como mostra o documento. Com pontuação máxima em recursos hídricos e concentração de oferta de alimentos, dois indicadores de resiliência, o país está mais preparado para eventos que provoquem a escassez desses recursos, por exemplo.

Outros dois indicadores também colocam o país em posição vantajosa, são eles: investimento em energias renováveis e diversificação de fonte de energia. Em meio a transição energética e descarbonização, o Brasil investe em uma matriz energética renovável e diversificada.

No quer tange o universo de TI e Comunicação, os investimentos em TIC, o acesso à eletricidade em zona rural, o índice de segurança cibernética e a cobertura de rede móvel foram indicadores que também figuraram positivamente. O relatório, inclusive, destacou que a boa infraestrutura de tecnologia do país permite que negócios em diferentes setores e regiões possam se desenvolver nos próximos tempos, favorecendo a inclusão, a resiliência e a inovação.



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