Setor financeiro aposta na Inteligência Artificial para gerar valor para os clientes, criar formas de aumentar a receita e transformar os processos

Conheça as lições das empresas pioneiras na adoção de Inteligência Artificial no setor financeiro

4 minutos de leitura

Setor financeiro aposta na Inteligência Artificial para gerar valor para os clientes, criar formas de aumentar a receita e transformar os processos.



Por Redação em 11/03/2020

Setor financeiro aposta na Inteligência Artificial para gerar valor para os clientes, criar formas de aumentar a receita e transformar os processos

A jornada de inovação no setor financeiro é uma verdadeira maratona. Não é somente sobre estar à frente da concorrência, mas também conseguir manter o ritmo ao mesmo tempo que transforma os negócios. Prova disso é que duas tecnologias já começam a mostrar os resultados desse esforço: Inteligência Artificial e Automação Robótica de Processos (RPA, sigla em inglês).

Como mostramos em publicação de 2019, a Inteligência Artificial foi a tecnologia emergente adotada por 41% das empresas do setor, entrevistadas pelo Instituto de Pesquisas da Capgemini. No entanto, ser digital vai exigir ainda mais delas. Elas devem reconsiderar a interação entre máquina e humanos e a cadeia de valores de clientes e parceiros para gerar crescimento.

Reavaliar esses pontos mudará como a IA é aplicada no dia a dia dos negócios. Sua empresa vai deixar de pensar nessa tecnologia como disruptiva em cada iniciativa para vê-la como ferramenta de trabalho dentro de toda a organização. Quem defende esse modelo é a consultoria Deloitte na pesquisa “AI leaders in financial services”.

O relatório entrevistou 206 executivos (a maioria C-LevelCEOs, CIOs e CTOs) de empresas norte-americanas. A ideia foi entender como elas estão adotando a Inteligência Artificial e tirando benefícios de soluções baseadas na tecnologia. Ao longo do texto você confere alguns insights do relatório.

Os 3 grupos de empresas do setor financeiro que apostam em Inteligência Artificial

A Deloitte quis identificar as práticas adotadas pelas empresas do setor financeiro que utilizam a Inteligência Artificial e o retorno tangível atingido com a tecnologia. Com isso, a consultoria definiu dois critérios quantitativos:

  1. Performance: o retorno financeiro do investimento em IA.
  2. Experiência: quantidade total de projetos de IA que estão “vivos”. Ou seja, que são completamente funcionais e integrados aos processos de negócio, às interações com o consumidor e aos produtos e serviços.

Isso levou a Deloitte a classificar as empresas entrevistadas em três categorias:

  1. Pioneiras: 30% dos entrevistados trabalham nessas empresas, que já estão no nível mais alto de retornos financeiros de um número significativo de implementações de IA.
  2. Seguidoras: 43% dos executivos ouvidos são de companhias ainda em processo de implementação de IA e que começam a ver os primeiros retornos financeiros.
  3. Iniciantes: 27% dos C-Level estão em organizações com estágios iniciais da jornada de IA e/ou que têm um certo atraso no retorno financeiro obtido com as implementações da tecnologia.

Como empresas pioneiras planejam a adoção da IA

Organizações pioneiras do setor financeiro reconhecem a importância de uma estratégia crítica na adoção de IA. Elas querem ir além da redução de custos para garantir que a tecnologia gere valor em todo o ecossistema da organização.

Tanto que elas se baseiam em três etapas na hora de desenvolver projetos de Inteligência Artificial:

  1. Etapa 1: Incorporar a IA em planos estratégicos, com ênfase na implementação da tecnologia em toda a organização.
  2. Etapa 2: Focar na aplicação de IA para criar oportunidades de engajamento do consumidor e de novas formas de receita.
  3. Etapa 3: Adotar uma abordagem de portfólio, em que vão utilizar diversos modelos de desenvolvimento em soluções de IA.

O investimento também é um diferencial para empresas pioneiras. Enquanto 25% delas investiram mais de US$ 10 milhões (R$ 46.6 milhões) em IA, só 12% e 6% dos grupos seguidores e iniciantes, respectivamente, destinaram o mesmo valor para projetos com a tecnologia.

Quer ver um exemplo? O TD Bank, do Canadá, criou o Innovation Centre of Excellence (CoE) para integrar as iniciativas inovadoras desenvolvidas em todas as unidades do banco. Assim, o CoE desenvolveu um ambiente de experimentação com o objetivo de:

  • Reduzir a complexidade operacional da instituição financeira.
  • Aprimorar a experiência do consumidor.
  • Testar e identificar as melhores práticas de pilotos de IA antes de introduzi-los como produtos e serviços.

Por que apostar em uma abordagem de portfólio vai ajudar a escalar a IA?

Se você é um executivo do setor financeiro, provavelmente já deve ter sentido a pressão de adotar a Inteligência Artificial para entregar novas experiências. Mas aí vem a pergunta: por onde começar?

De acordo com a pesquisa da Deloitte, a maioria das empresas entrevistadas do setor financeiro fez parceria com terceiros para adquirir a tecnologia.

Porém, são soluções que precisam ser customizadas com base em escalabilidade, talento e capacidade tecnológica de cada organização. Segundo a Deloitte, esse é o caminho mais fácil de adotar a IA.

Mas, na visão de empresas pioneiras, a abordagem de portfólio ainda é mais efetiva.

E o que seria uma abordagem de portfólio?  Seria desenvolver projetos de IA de múltiplas opções. Por exemplo, das empresas classificadas como pioneiras pela Deloitte:

  • 56% têm projeto de IA as a Service.
  • 61% possuem um software corporativo com IA integrada.
  • 54% contam com ferramentas de modelagem de mineração de dados.
  • 63% automatizaram projetos de Machine Learning.
  • 49% desenvolvem soluções em parceria com outras empresas.

Tudo isso acontecendo de forma simultânea e paralela. Como explica a Deloitte, adotar essa abordagem de criar um portfólio de soluções de IA vai ajudar as companhias a preservar processos legados enquanto a tecnologia vai ajudar a obter ganhos.

Uma vez que as empresas começam a implementar diversas iniciativas de Inteligência Artificial, elas conseguirão mensurar e rastrear a eficácia de cada uma delas, assim como identificar qual solução é a mais apropriada para uma determinada área ou negócio específicos delas.

Seja uma empresa pioneira na adoção de IA

Se você pensa em ir para o próximo nível na Inteligência Artificial, a Deloitte indica fazer uma avaliação dos processos internos e do ambiente de trabalho da empresa. Assim você identificará os pontos fortes e os que podem ser aprimorados antes de iniciar projetos que vão escalar a tecnologia.

Outra ação é responder essas três perguntas a seguir:

  • Quais metas de negócios existentes a sua empresa pode alcançar ao implantar IA?
  • A tecnologia poderá ser usada para ganhar vantagem competitiva?
  • Os talentos da empresa possuem conhecimento de negócios e de tecnologia para traduzir as soluções e como elas vão impactá-las na receita da empresa?

Isso vai ajudar a encontrar um equilíbrio entre planejar uma estratégia e executar as iniciativas baseadas em Inteligência Artificial. Quando você consegue isso, além de escalar os negócios, será o momento de atingir objetivos, como: corte de gastos, melhorar a receita e aprimorar a experiência do cliente.

Por fim, você terá em mãos um arsenal de soluções baseadas em IA que vai posicionar a sua empresa como pioneira, seja no setor financeiro ou em qualquer outra indústria.

Principais destaques desta matéria

  • Setor financeiro tem apostado em Inteligência Artificial para gerar novos negócios.
  • – Mas executivos C-Level devem considerar a interação entre humano e máquina para enxergar a tecnologia como disruptiva.
  • – Pesquisa da Deloitte mostra as etapas do desenvolvimento de projetos de Inteligência Artificial realizadas pelas empresas pioneiras na adoção da tecnologia.

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