empresas liquidas

Você sabe o que é uma “empresa líquida” e qual seu diferencial?

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Uma substância em estado líquido, por definição, de adapta ao recipiente que a armazena. Esse é o conceito das empresas líquidas que, no caso, se adequam ao ambiente de negócios



Por Redação em 31/01/2023

Parceria Editorial

Líquidos assumem a forma dos recipientes em que estão armazenados, pois a distância entre suas moléculas se adapta a qualquer meio. Essa é a explicação para o termo empresas líquidas – ou em estado líquido – que dá origem ao e-book da The Shift, produzido em parceria com a Embratel.

“Nessa década, as empresas que souberem ser ‘líquidas’ mudarão para a próxima fase com sucesso, pois a nova economia exige a fluidez de estar presente em todos os lugares. A evolução dos negócios digitais se dará pela combinação das tecnologias disruptivas – IoT, 5G, IA, Blockchain, AR/VR, Robótica, Big Data e Analytics, entre outras – em ambientes abertos, assentadas sobre plataformas de Cloud Computing”, destaca o e-book, logo em sua introdução.

A ideia é esta mesmo: menos atrito, maior adaptação ao ambiente de negócios, maior agilidade no atendimento de demandas, tanto internas quanto externas. Afinal, como esclarece o material, “da porta para dentro, as corporações precisam incorporar à rotina o trabalho híbrido e pessoas em home office (talvez para sempre). Da porta para fora, o cliente/consumidor pede velocidade em transações sem fricção, amparadas por tecnologias móveis e experiências hiperpersonalizadas”. 

Mudança de cultura é fundamental

Na estratégia “data-driven”, as empresas enfrentam o desafio de alinhar a cultura corporativa às exigências da transformação digital. Isso significa desapegar de velhos hábitos e adquirir novas competências digitais, que devem envolver todos os colaboradores. 

Nessa jornada, várias mudanças são necessárias. Além de treinamento para capacitação e mudança da cultura corporativa, uma nova liderança, capaz de gerar engajamento e produtividade mesmo em ambientes de alta volatilidade, se torna cada vez mais importante.

Apenas para ilustrar, segundo o World Economic Forum, cerca de 85 milhões de empregos poderão desaparecer até 2025 em decorrência da automação – porém, essa mesma automação traz a oportunidade de 97 milhões de novas posições. Pessoas e empresas precisam estar preparadas para aproveitá-las. “Isso envolve trabalhar a cultura corporativa com processos, com tecnologia e, fundamentalmente, com pessoas, na perspectiva de uma liderança que é inspiradora, e não mais baseada em comando e controle“, explica Daniela Leonardi Libâneo, diretora de Learning Trends da Afferolab.

5 tendências para o futuro das empresas líquidas

O e-book da The Shift aborda a evolução da cloud computing e traz visões sobre o próximo estágio da transformação digital, na voz de protagonistas de segmentos tão diferentes como tecnologia, bancos, montadoras, consultorias e varejo. Confira as principais.

1. Cloud será essencial

Com o aumento da quantidade de dados, as empresas se preparam para uma era de “Tudo As-a-Service”, com o cloud computing como plataforma. 

Nos próximos anos, a cloud vai promover uma transformação significativa em todas as indústrias, setores e ambientes. Para a Deloitte, a nuvem será responsável pela inovação, justamente por trazer mais agilidade, novos produtos, estratégias de dados, soluções inteligentes, avanços em engenharia e plataformas de software ou nos ecossistemas. Para tanto, os investimentos devem acompanhar as metas de inovação.

Cada vez mais, empresas estão transacionando suas cargas de trabalho para a nuvem pública. O Gartner estima que os gastos com esse segmento devem ultrapassar os 45% de todo o gasto de TI de uma empresa em 2026. Já as plataformas cloud native são a base para menos de 40% das novas iniciativas digitais atuais, mas vão saltar para 95% em 2025.

2. Indústrias inteligentes

Com o 5G e avanço de tecnologias como IoT e inteligência artificial, a tendência é de que a produtividade da indústria aumente, alcançando o estágio conhecido como indústria 4.0 que, de forma simplificada, leva o setor de manufatura para uma nova era de processos, com fábricas verdadeiramente mais inteligentes, seguras e conectadas.

Isso aumenta a precisão dos processos, agiliza a tomada de decisão e até reduz a fricção com os demais elos da cadeia – afinal, todo o processo logístico será conectado à produção. Ou seja, essa mudança traz benefícios que vão do chão de fábrica (maior segurança, previsibilidade e produtividade) até o consumidor final. 

Alguns dos princípios que vêm junto com a indústria 4.0 são:

  • interoperabilidade, possibilitada pela integração computacional; 
  • virtualização, com os chamados gêmeos digitais; 
  • descentralização, que é a tomada de decisão sem intervenção humana; 
  • coleta e análise de dados em tempo real; 
  • computação em nuvem; 
  • modularidade, que é a adaptação de forma flexível destas tecnologias. 

A estimativa é de que em 2026 a indústria 4.0 movimente US$ 220 bilhões de dólares, quase o triplo do que movimentou em 2020.

3. Finanças em nuvem

A digitalização dos serviços financeiros e a adoção de estratégias Open é fundamental para ampliar o acesso da população a instrumentos financeiros.

Com o open banking e open finance, as instituições financeiras conseguem oferecer serviços diferenciados para os clientes, com melhores preços e sem a chamada fricção. “O cliente busca cada vez mais serviços frictionless – sem contato, e que possam resolver as questões básicas no primeiro momento, principalmente o onboarding digital, quando ele entra em um banco ou instituição de pagamento. Quer fazer tudo rápido, sem trabalho, sem precisar falar com ninguém e não quer se deslocar”, explica o e-book.

Isso abre espaço para novos modelos de negócios que devem surgir, como bank as a service ou beyond banking, nos quais o consumidor tem produtos financeiros sendo levados para outras cadeias de valor, em um contexto de jornada estendida de consumo.

4. Futuro da saúde

A tecnologia também habilita o futuro da saúde, viabilizando soluções que vão desde a telemedicina até cirurgias remotas. 

O desenvolvimento do setor foi bastante impulsionado durante a pandemia, que acelerou a digitalização dos serviços de saúde no mundo inteiro. No Brasil, por exemplo, foram realizadas mais de 7,5 milhões de consultas por videoconferência, envolvendo mais de 52 mil médicos. A telemedicina virou prática corrente, favorecida pela nuvem, pela mobilidade e pela velocidade de conexão.

O próximo passo, no curto prazo, é expandir esse processo de digitalização da jornada do paciente com telemedicina, prontuários eletrônicos, receituários digitais, e o uso de aplicativos para permitir que os pacientes gerenciem a própria saúde ou uma condição crônica. Ou seja, o futuro da saúde terá um enfoque maior na prevenção de enfermidades. Inclusive, por meio de tecnologias como analytics, diversas doenças podem ser melhor estudadas e controladas em segmentos específicos da população, por meio de análises que indicam incidência maior ou menor em determinados grupos. 

5. Omnichannel

A integração de todos os canais de atendimento é uma tendência não só do varejo, mas de todos os serviços que lidam com o consumidor. Na própria área de saúde, por exemplo, o paciente deseja ser atendido de forma integrada, em qualquer um dos canais disponibilizados pelo serviço médico utilizado. A ideia é melhorar a experiência do cliente e, com isso, tornar a sua jornada mais fluida. 

Mas, é no varejo que esta ideia do cliente no centro dos negócios ganha força. “Plataformas, serviços e experiências criaram novos tipos de varejistas, e algumas organizações com pouca ou nenhuma infraestrutura de varejo legada estão aproveitando o poder da tecnologia e dos dados para atender novos consumidores de novas maneiras”, ressalta o e-book.

No entanto, para isso, é preciso que as empresas organizem seus dados em nuvem, promovam uma mudança de cultura entre os colaboradores e simplifiquem os processos de compra. Além disso, outros pontos de atenção são a necessidade de preservação de dados pessoais dos clientes e os valores das empresas – nada menos que 75% dos consumidores frisam que o comportamento das empresas e os seus princípios são tão importantes quanto os seus produtos e serviços.


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