Principais destaques:
– Amazon inaugurou JFK8, novo centro de distribuição (CD) em Staten Island (Nova Iorque);
– CD é um dos 26 prédios da empresa que utilizam robôs para ajudar na logística de produtos;
– Mesmo assim, 2.700 colaboradores trabalham no centro de distribuição;
– Com ajuda dos robôs, encomendas são enviadas para o consumidor no mesmo dia da compra.
Não é novidade que um dos motivos para investir em inovações tecnológicas nos negócios é a possibilidade de se gerar maior vantagem competitiva para a empresa. E quando se trata desse assunto, por que não usar a Amazon como principal case?
Em setembro do ano passado a empresa iniciou a operação do JFK8, centro de distribuição em Staten Island (Nova Iorque) com 855 mil metros quadrados e investimento de US$ 100 milhões (R$ 393 milhões). O grande destaque do local é o uso de robôs para ajudar os colaboradores a garantir que os produtos sejam enviados no mesmo dia da compra.
Pode até parecer recente, mas a Amazon utiliza robôs em seus centros de distribuição desde o fim de 2013, quando a companhia comprou a empresa de robótica Kiva por US$ 775 milhões (R$ 3.05 bilhões) em 2012. Hoje, 26 instalações — das 175 espalhadas pelo mundo — contam com 100 mil sistemas robóticos.
O que os robôs fazem na Amazon?
Brian Heater, repórter do site TechCrunch, acompanhou de perto um dia no centro de distribuição em Staten Island. Mas embora muitos processos sejam automatizados, no prédio não se abre mão das relações humanas. São 2.700 colaboradores trabalhando lado a lado com os robôs.
São diversos modelos de robôs com as mais diversas funções. Heater cita que, quando um consumidor compra um livro, por exemplo, um dispositivo específico tem a tarefa de encontrar no estoque o produto mais próximo ao funcionário. Esse mesmo robô é utilizado para ajudar o colaborador a guardar os itens.
Além de economizar processos – pelo ganho de produtividade do funcionário por não ter que caminhar para buscar um item e aumento da capacidade de armazenamento do estoque em 50% -, a Amazon utiliza também Inteligência Artificial e visão computacional para evitar acidentes entre robôs e humanos.
Segundo Heater, os robôs conseguem diminuir a velocidade ou parar de se mover quando percebem a presença de humanos. Isso acontece porque os colaboradores utilizam um colete com sensores que são detectáveis por esses sistemas, garantindo uma camada a mais de segurança dentro do centro de distribuição.
O que a Amazon pode ensinar para outras empresas?
Cada vez mais consumidores estão comprando online e o uso de robôs vai ter um papel central para que as empresas garantam uma boa experiência ao cliente. O JFK8 é capaz de atender um milhão de pedidos em 24 horas, enquanto em horários de pico os centros sem essa tecnologia conseguem dar conta de apenas metade dessa demanda.
Para Andria Cheng, colaboradora sênior do site da revista Forbes, “derrotar a Amazon em seu próprio jogo será uma tarefa difícil”. Mas para uma companhia que tem revolucionado o setor do varejo, talvez ela sirva mais como exemplo de como as empresas podem se preparar para o futuro dos negócios.
Neste vídeo do TechCrunch você pode conferir mais como os robôs trabalham no JKF8:
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