Fintechs começam a repensar estratégias para abertura de capital

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A quantidade de fintechs buscando o capital de uma oferta pública inicial (IPO) aumentou, mas para isso essas empresas precisam rever processos e governança



Por Redação em 03/02/2022

Depois de alguns anos sem que nenhuma empresa de tecnologia tivesse aberto capital na Bolsa Brasileira (B3), em fevereiro de 2020, a Locaweb fez uma oferta pública e arrecadou mais de R$ 1,4 bilhão. Em seguida, algumas fintechs como Méliuz, Enjoei, Mobli , Westing e Infracomm, entre outras, também fizeram o mesmo, levantando mais de R$ 9,2 bilhões. Um pouco antes, em 2018, a Stone já havia feito seu IPO na Bolsa americana. 

Em 2021, 11 empresas de tecnologia abriram seu capital na B3. Uma delas foi o Nubank, que também fez seu IPO nos Estados Unidos. Para 2022, há rumores de que a plataforma de educação Hotmart e a de pagamentos online Ebanx, que no ano passado comprou a fintech Remessa Online, façam o mesmo. Além disso, duas grandes gestoras de investimentos (Invest Tech e Captalys), que aplicam recursos em fintechs, também aguardam o sinal verde para seus IPOs.

A explicação para esse movimento é que o cenário para a abertura de capital no Brasil tem sido favorável. Juros baixos, devido à Selic, fizeram com que a B3 tivesse um boom de IPOs de startups. Somado a isso, as empresas de tecnologia tiveram um grande crescimento durante a pandemia, em função da maior digitalização da sociedade

Boas práticas

Para uma startup, o processo de IPO representa uma importante oportunidade de crescimento e consolidação. Mas, para a abertura de capital, as fintechs precisam rever algumas estratégias, investindo em governança, controles e demonstrações financeiras. “Os empreendedores desse segmento muitas vezes têm foco no que estão construindo, mas deixam de lado esses aspectos”, disse Flávio Machado, diretor de IPO e assessoria em contabilidade e finanças da Ey à Bloomberg. Segundo ele, esse reposicionamento pode levar de 24 a 36 meses.

A revisão de estratégias para o processo de IPO aumenta a credibilidade das fintechs, as tornando mais atraentes aos olhos dos investidores e também contribuindo para a atração e retenção de talentos, especialmente profissionais da área de tecnologia. A tendência é que cada vez mais a Bolsa brasileira tenha empresas da área de tecnologia e inovação interessadas no processo de IPO. 



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