O perfil orientado a dados do complexo hospitalar Sírio-Libanês acabou de ser reforçado com a ativação do data lake da instituição, o primeiro do gênero na América Latina. Chamado de HealthLake, a solução foi iniciada em 2021 e a meta é concentrar os dados de toda a instituição em um repositório único, além de padronizar e torna-los interoperáveis.
A interoperabilidade deve ser viabilizada pela adoção de uma plataforma plug and play, que permitiria a conexão com outras instituições, inclusive com o SUS. O modelo de HealthLake, criado em parceria com a Amazon Web Services (AWS), também poderia ser replicado em nível público, segundo o CEO do Sírio-Libanês, Paulo Nigro, em comunicado à imprensa.
HealthLake abre espaço para novas tecnologias
A pegada inovadora do Sírio-Libanês já foi divulgada nesse ano durante o Web Summit Rio. Em entrevista ao Próximo Nível, o CTO da instituição, Diego Aristides, argumentou que “os hospitais que vão sobreviver devem ser empresas de tecnologia, que entregam serviços de saúde, e não o contrário”.
Em sua apresentação, Aristides detalhou a criação e funcionamento do Alma Sírio-Libanês, ecossistema de tecnologia voltado para a área de saúde, inclusive com aplicação de recursos de Inteligência Artificial (IA). Criada no ano passado, a iniciativa envolve pelo menos 300 profissionais da instituição e também atua com startups associadas.
Em sua apresentação no Web Summit Rio 2023, Aristides mostrou uma rota digitalizada de atendimento futura e lembrou da combinação entre o que ele chamou de high tech com high touch, ou seja, do uso de novas tecnologias e inovações, mas sem prescindir da habilidade e experiência dos profissionais de saúde.